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02/10/2003
-
15h05
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
A distribuição de renda piorou na última década em 66,3% dos municípios brasileiros, ou 3.654 cidades. Em outros 370 a desigualdade permaneceu inalterada e, em 1.483, houve queda.
Na média geral do Brasil, a desigualdade de renda também aumentou na última década e o país já ocupa o sexto lugar entre os países com pior distribuição de renda.
Os dados constam do "Atlas do Desenvolvimento Humano", divulgado hoje pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Fundação João Pinheiro. Os três órgãos não divulgaram os países que teriam problemas de distribuição de renda mais profundos que o Brasil, informando apenas que são países "bem mais pobres".
No Brasil, o índice que mede a desigualdade de renda subiu de 0,53 para 0,56 entre 1991 e 2000. Esse índice pode variar de 0 a 1, sendo 1 a desigualdade máxima.
Justificativas
De acordo com o documento divulgado hoje, a diminuição da renda per capta do município não serve como explicação para o aumento da desigualdade. Em Arco-Íris (SP), houve uma redução do índice de desigualdade de renda de 0,67 para 0,47 de 1991 para 2000. No entanto, nesse período, a renda per capita de seus habitantes também caiu de R$ 157,89 para R$ 156,67. Nesse caso, avalia o documento, "os mais ricos perderam mais do que os mais pobres".
O exemplo oposto aconteceu em Jutaí (AM), que tornou-se a cidade com maior desigualdade de renda no Brasil, com o índice crescendo de 0,55 em 1991 para 0,82 em 2000. Nesse município, a renda per capita também caiu de R$ 74,41 para R$ 60,79 no mesmo período de comparação.
As cidades que foram consideradas as com melhor distribuição de renda no Brasil foram Barra do Choça (BA) e Santa Maria do Herval (RS).
O diretor do Ipea, Ricardo Paes de Barros, afirmou que o crescimento é muito importante para reduzir a pobreza do país. No entanto, segundo ele, a falta do crescimento não impede que programas de saúde e educação tenham sucesso, o que pode melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de um país, a exemplo do que ocorreu no Brasil na última década.
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da Folha Online, em Brasília
A distribuição de renda piorou na última década em 66,3% dos municípios brasileiros, ou 3.654 cidades. Em outros 370 a desigualdade permaneceu inalterada e, em 1.483, houve queda.
Na média geral do Brasil, a desigualdade de renda também aumentou na última década e o país já ocupa o sexto lugar entre os países com pior distribuição de renda.
Os dados constam do "Atlas do Desenvolvimento Humano", divulgado hoje pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Fundação João Pinheiro. Os três órgãos não divulgaram os países que teriam problemas de distribuição de renda mais profundos que o Brasil, informando apenas que são países "bem mais pobres".
No Brasil, o índice que mede a desigualdade de renda subiu de 0,53 para 0,56 entre 1991 e 2000. Esse índice pode variar de 0 a 1, sendo 1 a desigualdade máxima.
Justificativas
De acordo com o documento divulgado hoje, a diminuição da renda per capta do município não serve como explicação para o aumento da desigualdade. Em Arco-Íris (SP), houve uma redução do índice de desigualdade de renda de 0,67 para 0,47 de 1991 para 2000. No entanto, nesse período, a renda per capita de seus habitantes também caiu de R$ 157,89 para R$ 156,67. Nesse caso, avalia o documento, "os mais ricos perderam mais do que os mais pobres".
O exemplo oposto aconteceu em Jutaí (AM), que tornou-se a cidade com maior desigualdade de renda no Brasil, com o índice crescendo de 0,55 em 1991 para 0,82 em 2000. Nesse município, a renda per capita também caiu de R$ 74,41 para R$ 60,79 no mesmo período de comparação.
As cidades que foram consideradas as com melhor distribuição de renda no Brasil foram Barra do Choça (BA) e Santa Maria do Herval (RS).
O diretor do Ipea, Ricardo Paes de Barros, afirmou que o crescimento é muito importante para reduzir a pobreza do país. No entanto, segundo ele, a falta do crescimento não impede que programas de saúde e educação tenham sucesso, o que pode melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de um país, a exemplo do que ocorreu no Brasil na última década.
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