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23/11/2002
-
13h58
da Folha de S.Paulo, no Rio
O diretório estadual do PT do Rio de Janeiro decidiu ir à Justiça contra o ex-governador do Estado, Anthony Garotinho (PSB), acusando-o de racismo. O motivo são as declarações de Garotinho numa reunião de seu partido na última quinta-feira dizendo que mandaria "desinfetar o Palácio Guanabara", sede do governo estadual.
O palácio é hoje ocupado pela governadora negra Benedita da Silva (PT), que transmitirá o cargo à governadora eleita, Rosinha Matheus (PSB), mulher de Garotinho.
"Isso foi uma agressão ao partido e à governadora Benedita da Silva. Não podemos admitir que tal ataque fique impune", afirmou o presidente do PT no Rio, Gilberto Palmares.
Ainda não foram definidos os termos e o tipo da medida judicial que o partido adotará contra Garotinho.
O PT também decidiu cobrar do PSB uma posição pública sobre as declarações de Garotinho.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Chico Alencar (PT), a medida judicial proposta pelo partido não tem o objetivo de atrapalhar a aliança nacional entre PT e PSB. "Não podemos admitir o racismo expresso nessas declarações", afirmou.
A reportagem telefonou às 12h40 para Garotinho, para que ele comentasse a decisão do PT, mas foi informada que o ex-governador não estava em casa.
Outro ponto de atrito entre o PT e o PSB no Rio também foi discutido no encontro de hoje: como será a ocupação dos cargos federais no Estado depois da vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial.
A contradição é que, embora sejam aliados nacionalmente, o PT e o PSB, no Rio, são adversários.
"Queremos deixar claro que, na ocupação desses cargos, quem tem de se fortalecer é o PT", afirmou Orlando Guilhon, coordenador da articulação no Rio.
Segundo ele, seria complicado, por exemplo, que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ficasse com aliados de Garotinho.
Guilhon disse que o PT não fez ainda um levantamento de quantos são os cargos federais no Estado.
PT decide ir à Justiça contra Garotinho, acusado de racismo
FERNANDA DA ESCÓSSIAda Folha de S.Paulo, no Rio
O diretório estadual do PT do Rio de Janeiro decidiu ir à Justiça contra o ex-governador do Estado, Anthony Garotinho (PSB), acusando-o de racismo. O motivo são as declarações de Garotinho numa reunião de seu partido na última quinta-feira dizendo que mandaria "desinfetar o Palácio Guanabara", sede do governo estadual.
O palácio é hoje ocupado pela governadora negra Benedita da Silva (PT), que transmitirá o cargo à governadora eleita, Rosinha Matheus (PSB), mulher de Garotinho.
"Isso foi uma agressão ao partido e à governadora Benedita da Silva. Não podemos admitir que tal ataque fique impune", afirmou o presidente do PT no Rio, Gilberto Palmares.
Ainda não foram definidos os termos e o tipo da medida judicial que o partido adotará contra Garotinho.
O PT também decidiu cobrar do PSB uma posição pública sobre as declarações de Garotinho.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Chico Alencar (PT), a medida judicial proposta pelo partido não tem o objetivo de atrapalhar a aliança nacional entre PT e PSB. "Não podemos admitir o racismo expresso nessas declarações", afirmou.
A reportagem telefonou às 12h40 para Garotinho, para que ele comentasse a decisão do PT, mas foi informada que o ex-governador não estava em casa.
Outro ponto de atrito entre o PT e o PSB no Rio também foi discutido no encontro de hoje: como será a ocupação dos cargos federais no Estado depois da vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial.
A contradição é que, embora sejam aliados nacionalmente, o PT e o PSB, no Rio, são adversários.
"Queremos deixar claro que, na ocupação desses cargos, quem tem de se fortalecer é o PT", afirmou Orlando Guilhon, coordenador da articulação no Rio.
Segundo ele, seria complicado, por exemplo, que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ficasse com aliados de Garotinho.
Guilhon disse que o PT não fez ainda um levantamento de quantos são os cargos federais no Estado.
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