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19/10/2002
-
02h41
da Folha de S.Paulo
Depois de sofrer novo revés na política, Orestes Quércia, 63, reforça a imagem de empresário bem-sucedido, ao adquirir por R$ 58,1 milhões a Panamby Administração e Participações Ltda., que controla o Centro Empresarial de São Paulo.
A Sol Invest Administrações e Participações, holding do ex-governador, comprou do grupo argentino Bunge, no último dia 3, a administradora do Centro Empresarial, na marginal de Pinheiros, zona sul de São Paulo.
A Panamby participa com 29,3% do condomínio do Centro Empresarial, que é integrado por fundos de pensão, a maioria estatais, e empresas que mantêm sede no local, como a Rhodia e Mapfre.
Trata-se do primeiro complexo de prédios "inteligentes" do país, criado no início dos anos 70 para abrigar escritórios e shoppings.
Com essa operação, o grupo Bunge concentra seus interesses na área de alimentos e fertilizantes. Para o grupo Quércia, a aquisição representa a expansão, na capital paulista, dos empreendimentos imobiliários iniciados no interior, onde construiu e administra vários shopping centers.
A Sol Invest também é proprietária do Hotel Jaraguá, no centro de São Paulo, cujas instalações estão sendo readaptadas para abrigar um centro de convenções, restaurantes e escritórios.
A evolução dos negócios de Quércia foi confirmada pela Folha em julho último, ao revelar um crescimento patrimonial de 562% nos últimos cinco anos.
Em 1996, o ex-governador declarara bens no valor de R$ 9,8 milhões, total que chegou a R$ 64,8 milhões, de acordo com a declaração entregue ao Tribunal Regional Eleitoral, em junho último.
Segundo informações do grupo, a operação de compra foi financiada pelo BCN (Banco de Crédito Nacional), instituição na qual o empresário mantinha R$ 5,4 milhões aplicados em títulos de renda fixa, conforme dados da declaração de bens.
Em 2001, Quércia vendeu ao grupo do empresário Roberto Marinho sua participação na Empresa Jornalística Diário Popular Ltda., negócio que teria sido fechado por R$ 200 milhões.
Nos últimos anos, com alterações societárias e a retirada de sócios, Quércia concentrou em seu nome e de familiares o controle das empresas que formam o império montado nas áreas de comunicações (jornais, rádio e televisão), agricultura, mercado imobiliário, construção e comércio de veículos.
Alvo de várias investigações em sua carreira, Quércia e suas empresas estão em situação regular com a Receita Federal.
Além da Sol Invest, fazem parte do grupo: Empresa Jornalística e Editora Regional, Televisão Princesa D'Oeste, Diário Comercial e Publicidade Ltda. (que edita o jornal "DCI Comércio, Indústria e Serviços"), Panorama Brasil, Rede Central de Comunicação, RCC Vídeo Produtora Ltda., TV do Povo e rádio Nova Brasil.
Procurado pela Folha, Quércia não se manifestou.
Veja também o especial Eleições 2002
Orestes Quércia assume Centro Empresarial de São Paulo
FREDERICO VASCONCELOSda Folha de S.Paulo
Depois de sofrer novo revés na política, Orestes Quércia, 63, reforça a imagem de empresário bem-sucedido, ao adquirir por R$ 58,1 milhões a Panamby Administração e Participações Ltda., que controla o Centro Empresarial de São Paulo.
A Sol Invest Administrações e Participações, holding do ex-governador, comprou do grupo argentino Bunge, no último dia 3, a administradora do Centro Empresarial, na marginal de Pinheiros, zona sul de São Paulo.
A Panamby participa com 29,3% do condomínio do Centro Empresarial, que é integrado por fundos de pensão, a maioria estatais, e empresas que mantêm sede no local, como a Rhodia e Mapfre.
Trata-se do primeiro complexo de prédios "inteligentes" do país, criado no início dos anos 70 para abrigar escritórios e shoppings.
Com essa operação, o grupo Bunge concentra seus interesses na área de alimentos e fertilizantes. Para o grupo Quércia, a aquisição representa a expansão, na capital paulista, dos empreendimentos imobiliários iniciados no interior, onde construiu e administra vários shopping centers.
A Sol Invest também é proprietária do Hotel Jaraguá, no centro de São Paulo, cujas instalações estão sendo readaptadas para abrigar um centro de convenções, restaurantes e escritórios.
A evolução dos negócios de Quércia foi confirmada pela Folha em julho último, ao revelar um crescimento patrimonial de 562% nos últimos cinco anos.
Em 1996, o ex-governador declarara bens no valor de R$ 9,8 milhões, total que chegou a R$ 64,8 milhões, de acordo com a declaração entregue ao Tribunal Regional Eleitoral, em junho último.
Segundo informações do grupo, a operação de compra foi financiada pelo BCN (Banco de Crédito Nacional), instituição na qual o empresário mantinha R$ 5,4 milhões aplicados em títulos de renda fixa, conforme dados da declaração de bens.
Em 2001, Quércia vendeu ao grupo do empresário Roberto Marinho sua participação na Empresa Jornalística Diário Popular Ltda., negócio que teria sido fechado por R$ 200 milhões.
Nos últimos anos, com alterações societárias e a retirada de sócios, Quércia concentrou em seu nome e de familiares o controle das empresas que formam o império montado nas áreas de comunicações (jornais, rádio e televisão), agricultura, mercado imobiliário, construção e comércio de veículos.
Alvo de várias investigações em sua carreira, Quércia e suas empresas estão em situação regular com a Receita Federal.
Além da Sol Invest, fazem parte do grupo: Empresa Jornalística e Editora Regional, Televisão Princesa D'Oeste, Diário Comercial e Publicidade Ltda. (que edita o jornal "DCI Comércio, Indústria e Serviços"), Panorama Brasil, Rede Central de Comunicação, RCC Vídeo Produtora Ltda., TV do Povo e rádio Nova Brasil.
Procurado pela Folha, Quércia não se manifestou.
Veja também o especial Eleições 2002
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