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18/10/2002
-
19h20
da Folha Online
O candidato José Serra (PSDB) se comprometeu a não patrocinar nenhum projeto ou lei que possa ferir os interesses dos evangélicos _como a união civil de homossexuais, tributação da renda das igrejas evangélicas e a lei do silêncio_ em troca do apoio da Assembléia de Deus à sua candidatura.
Segundo o pastor Ronaldo Fonseca, presidente do conselho político da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus), o compromisso foi assumido pelo candidato nesta semana, quando foi oficializado o apoio da igreja a Serra.
"O candidato se comprometeu a não patrocinar leis que se coloquem contra as determinações e os interesses da igreja", disse Fonseca.
O presidenciável tucano já se comprometeu publicamente com pelo menos uma destas questões. Serra disse várias vezes que não faria nenhum esforço para aprovar o projeto que regulamente as uniões civis de pessoas do mesmo sexo, apresentada pela prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), quando era deputada.
Segundo o pastor, existe também tramitando no Congresso Nacional um projeto que prevê a tributação da renda das igrejas em aproximadamente 35%, o que poderia prejudicar a ação social delas.
Fonseca disse que existe uma lei do silêncio federal, que pode restringir a realizações de cultos à noite, que já sofreu algumas mudanças, mas que ainda não está de acordo com a expectativa das igrejas.
Para o pastor, a decisão da Assembléia de Deus em optar por um candidato no segundo turno, tem como objetivo fortalecer a atuação política da igreja como já acontece hoje com os católicos.
"A igreja católica tem mais influência na política do que nós. Sempre que se toma uma decisão, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é consultada", disse Fonseca.
A CGADB representa hoje, segundo o pastor, 18 milhões de fiéis no país. Fonseca afirmou que a Assembléia de Deus é hoje a maior igreja evangélica do Brasil. Segundo ele, as demais denominações que apoiam o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, têm um número de fiéis bem menor.
"Lula vai ter que correr atrás do prejuízo", disse Fonseca.
Estratégia
O pastor está hoje em São Paulo junto com vários líderes regionais da igreja para se encontrar com o candidato José Serra. O objetivo da reunião é determinar como será a atuação dos representantes da igreja na campanha tucana em seus Estados.
Fonseca disse que a igreja não permite nenhum tipo de atuação política durante o culto, mas que será possível fazer campanha para Serra nas reuniões sem cunho religioso e nas ações sociais.
No primeiro turno, a Assembléia de Deus apoiou o presidenciável Anthony Garotinho (PSB), que ficou em terceiro lugar na disputa e que aderiu à candidatura de Lula no segundo turno.
Segundo Fonseca, a influência da igreja entre os fiéis é maior do que a capacidade de transferir votos do próprio Garotinho (PSB). "Muitos crentes nem conhecem o Garotinho", disse.
Veja também o especial Eleições 2002
Em troca de apoio, Serra promete defender interesse de evangélicos
EDUARDO CUCOLOda Folha Online
O candidato José Serra (PSDB) se comprometeu a não patrocinar nenhum projeto ou lei que possa ferir os interesses dos evangélicos _como a união civil de homossexuais, tributação da renda das igrejas evangélicas e a lei do silêncio_ em troca do apoio da Assembléia de Deus à sua candidatura.
Segundo o pastor Ronaldo Fonseca, presidente do conselho político da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus), o compromisso foi assumido pelo candidato nesta semana, quando foi oficializado o apoio da igreja a Serra.
"O candidato se comprometeu a não patrocinar leis que se coloquem contra as determinações e os interesses da igreja", disse Fonseca.
O presidenciável tucano já se comprometeu publicamente com pelo menos uma destas questões. Serra disse várias vezes que não faria nenhum esforço para aprovar o projeto que regulamente as uniões civis de pessoas do mesmo sexo, apresentada pela prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), quando era deputada.
Segundo o pastor, existe também tramitando no Congresso Nacional um projeto que prevê a tributação da renda das igrejas em aproximadamente 35%, o que poderia prejudicar a ação social delas.
Fonseca disse que existe uma lei do silêncio federal, que pode restringir a realizações de cultos à noite, que já sofreu algumas mudanças, mas que ainda não está de acordo com a expectativa das igrejas.
Para o pastor, a decisão da Assembléia de Deus em optar por um candidato no segundo turno, tem como objetivo fortalecer a atuação política da igreja como já acontece hoje com os católicos.
"A igreja católica tem mais influência na política do que nós. Sempre que se toma uma decisão, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é consultada", disse Fonseca.
A CGADB representa hoje, segundo o pastor, 18 milhões de fiéis no país. Fonseca afirmou que a Assembléia de Deus é hoje a maior igreja evangélica do Brasil. Segundo ele, as demais denominações que apoiam o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, têm um número de fiéis bem menor.
"Lula vai ter que correr atrás do prejuízo", disse Fonseca.
Estratégia
O pastor está hoje em São Paulo junto com vários líderes regionais da igreja para se encontrar com o candidato José Serra. O objetivo da reunião é determinar como será a atuação dos representantes da igreja na campanha tucana em seus Estados.
Fonseca disse que a igreja não permite nenhum tipo de atuação política durante o culto, mas que será possível fazer campanha para Serra nas reuniões sem cunho religioso e nas ações sociais.
No primeiro turno, a Assembléia de Deus apoiou o presidenciável Anthony Garotinho (PSB), que ficou em terceiro lugar na disputa e que aderiu à candidatura de Lula no segundo turno.
Segundo Fonseca, a influência da igreja entre os fiéis é maior do que a capacidade de transferir votos do próprio Garotinho (PSB). "Muitos crentes nem conhecem o Garotinho", disse.
Veja também o especial Eleições 2002
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