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07/10/2002
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02h07
Jarbas de Andrade Vasconcelos, 59, trocou a possibilidade de ser vice na chapa presidencial de José Serra para conquistar a reeleição em seu Estado, Pernambuco. Com uma ampla coligação, formada pelo seu partido, o PMDB, e PSDB, PFL, PPB, PSDC e PPS, não encontrou dificuldades para manter-se no cargo.
Sua campanha foi pautada nas obras realizadas durante a sua administração, em particular a duplicação da BR-232, principal eixo que liga o Recife a todo o interior pernambucano, além de ações nas áreas de educação, saúde e saneamento das finanças públicas.
Egresso do extinto MDB, Jarbas iniciou a sua carreira política durante o regime militar (1964-1983), do qual foi um dos seus mais combativos opositores - era um dos madeputado estadual e federal, além de ter tentado, sem sucesso, uma vaga no Senado, em 1978.
Apesar de ter sido um militante fiel do MDB e depois do PMDB, Jarbas teve um momento de racha com o partido, em 1984, quando era deputado federal e recusou-se a votar no candidato à Presidência da República, Tancredo Neves. O Brasil vivia o processo de redemocratização e havia saído de uma campanha histórica, mas derrotada, por eleições diretas para presidente da República. Com a campanha das "Diretas-Já" derrotada, o PMDB lançou Tancredo à sucessão do general Batista de Figueiredo, em um processo de eleição indireta.
O "racha" de 1984 teve reflexos no ano seguinte, quando Jarbas precisou sair do partido e filiar-se ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) para disputar a Prefeitura do Recife. Foi eleito derrotando o peemedebista Sérgio Murilo Santa Cruz.
A luta pelo Governo do Estado começou em 1990, quando concorreu e foi derrotado por Joaquim Francisco (PFL). Em 1991, firmou a aliança política com o PFL que dura até hoje. Por essa aliança, elegeu-se prefeito do Recife, em 1992, e governador do Estado em 1998.
Recusa a Serra
Jarbas foi o principal cotado a ser vice de Serra. No início de abril, às vésperas do prazo final para sair do governo de Pernambuco para se candidatar a outro cargo, decidiu tentar a reeleição. Era considerado o vice dos sonhos de Serra devido ao fraco desempenho do tucano no Nordeste em pesquisas eleitorais.
O governador alegou problemas regionais para declinar o convite para ser vice de Serra. Líder da coalizão PMDB-PSDB-PFL-PPB, não conseguiu fazer um acordo para manter sua hegemonia no Estado.
Sua saída do quadro eleitoral pernambucano era considerada "um risco" para que a oposição retomasse o poder, perdido em 1998 com a derrota de Miguel Arraes (PSB) para o atual governador.
As resistências partiram principalmente do PSDB, que não aceitava a idéia de apoiar o vice-governador José Mendonça Filho (PFL), tido como "candidato natural" da coligação governista.
Havia também resistências no PPB e em setores do PMDB, além de dificuldades na composição política imposta pela verticalização das alianças, decisão que ainda ameaça excluir o PFL da atual aliança em Pernambuco.
Veja página sobre a eleição no Pernambuco
Veja também o especial Eleições 2002
Governador de Pernambuco trocou chance de ser vice de Serra
da Folha OnlineJarbas de Andrade Vasconcelos, 59, trocou a possibilidade de ser vice na chapa presidencial de José Serra para conquistar a reeleição em seu Estado, Pernambuco. Com uma ampla coligação, formada pelo seu partido, o PMDB, e PSDB, PFL, PPB, PSDC e PPS, não encontrou dificuldades para manter-se no cargo.
Sua campanha foi pautada nas obras realizadas durante a sua administração, em particular a duplicação da BR-232, principal eixo que liga o Recife a todo o interior pernambucano, além de ações nas áreas de educação, saúde e saneamento das finanças públicas.
Egresso do extinto MDB, Jarbas iniciou a sua carreira política durante o regime militar (1964-1983), do qual foi um dos seus mais combativos opositores - era um dos madeputado estadual e federal, além de ter tentado, sem sucesso, uma vaga no Senado, em 1978.
Apesar de ter sido um militante fiel do MDB e depois do PMDB, Jarbas teve um momento de racha com o partido, em 1984, quando era deputado federal e recusou-se a votar no candidato à Presidência da República, Tancredo Neves. O Brasil vivia o processo de redemocratização e havia saído de uma campanha histórica, mas derrotada, por eleições diretas para presidente da República. Com a campanha das "Diretas-Já" derrotada, o PMDB lançou Tancredo à sucessão do general Batista de Figueiredo, em um processo de eleição indireta.
O "racha" de 1984 teve reflexos no ano seguinte, quando Jarbas precisou sair do partido e filiar-se ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) para disputar a Prefeitura do Recife. Foi eleito derrotando o peemedebista Sérgio Murilo Santa Cruz.
A luta pelo Governo do Estado começou em 1990, quando concorreu e foi derrotado por Joaquim Francisco (PFL). Em 1991, firmou a aliança política com o PFL que dura até hoje. Por essa aliança, elegeu-se prefeito do Recife, em 1992, e governador do Estado em 1998.
Recusa a Serra
Jarbas foi o principal cotado a ser vice de Serra. No início de abril, às vésperas do prazo final para sair do governo de Pernambuco para se candidatar a outro cargo, decidiu tentar a reeleição. Era considerado o vice dos sonhos de Serra devido ao fraco desempenho do tucano no Nordeste em pesquisas eleitorais.
O governador alegou problemas regionais para declinar o convite para ser vice de Serra. Líder da coalizão PMDB-PSDB-PFL-PPB, não conseguiu fazer um acordo para manter sua hegemonia no Estado.
Sua saída do quadro eleitoral pernambucano era considerada "um risco" para que a oposição retomasse o poder, perdido em 1998 com a derrota de Miguel Arraes (PSB) para o atual governador.
As resistências partiram principalmente do PSDB, que não aceitava a idéia de apoiar o vice-governador José Mendonça Filho (PFL), tido como "candidato natural" da coligação governista.
Havia também resistências no PPB e em setores do PMDB, além de dificuldades na composição política imposta pela verticalização das alianças, decisão que ainda ameaça excluir o PFL da atual aliança em Pernambuco.
Veja página sobre a eleição no Pernambuco
Veja também o especial Eleições 2002
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