Site ajuda a encontrar emprego pela Internet

Centro de Recolocação pretende ser ponto de encontro entre candidatos e empresas

Universo Online 07/10/97 14h02
De São Paulo

Na era da informação, muita gente está descobrindo que o computador pode ser um grande aliado na hora de reencontrar o caminho da carteira assinada.

É o caso de Marcelo Ribeiro, profissional da área de marketing que deixou o emprego em agosto e saiu em busca de novo trabalho. Nesse período, aproveitou para fazer uma sempre adiada assinatura na Internet e passou a navegar. Topou de cara com um site sob medida para quem está procurando emprego: o Centro de Recolocação , lançado há duas semanas, na estação Classificados do Universo Online. "Achei muito interessante e já enviei 6 currículos pelo site", diz Ribeiro.

Desenvolvido pela Diretoria de Desenvolvimento do UOL, o Centro de Recolocação é um ponto de encontro entre empresas procurando novos talentos e profissionais atrás de um emprego.

Nos dois casos, os interessados devem se cadastrar registrando uma série de informações na página. As empresas informam a vaga oferecida, o tipo de profissional procurado, o salário a ser pago. Os candidatos preenchem um formulário que na prática é um currículo e apresentam suas pretensões. Depois de computar os dados, o site cobra, tanto de um lado quanto do outro, uma taxa para administrar, permitir acesso às informações e enviar um número preestabelecido de currículos.

Mas qual a novidade desse serviço em relação às dezenas de páginas com o mesmo propósito que já existem na internet? Na avaliação do gerente do Centro de Recolocação, Adriano Arruda, o diferencial está no programa projetado para o site. "O sistema faz uma análise dos dados dos candidatos e das vagas e apresenta os ideais para cada um."

Quando vai checar se encontrou um emprego, o profissional encontra uma lista organizada pelo programa que indica quais vagas se adequam mais às suas qualidades e pretensões, apresentando inclusive uma porcentagem que ilustra essa adequação.

Para a empresa, o sistema também mostra a porcentagem e acaba funcionando como uma espécie de pré-seleção. "Com isso, você não dá tiro no escuro", acredita Marcelo Ribeiro, referindo-se ao desgaste de enviar dezenas de currículos que acabam produzindo um resultado muito baixo.

Opinião parecida é a da bancária Alcemira Del Sarto, que perdeu o emprego há dois meses e já utilizou o serviço. Ela diz que com o sistema de porcentagens os profissionais têm "uma perspectiva melhor" sobre as chances de conseguir uma vaga e podem enviar os currículos apenas para as empresas nas quais têm maior possibilidade de conseguir um emprego.

Na primeira semana de funcionamento, já se inscreveram no site mais de 40 profissionais e quatro empresas oferecendo vagas, que se somam a um banco de empregos mantido pelo Centro.

Para Adriano Arruda, esses números superaram as expectativas iniciais da empresa, que já planeja a criação de um serviço específico para estagiários e pensa em espalhar quiosques com computadores pela cidade, para que mesmo aqueles que não têm um micro ligado à rede em casa possam usar o produto.

Segundo Arruda, a intenção do Centro de Recolocação é "atender qualquer tipo de profissional e empresa de forma rápida e eficiente". Numa época em que o desemprego provocado pelo avanço tecnológico provoca calafrios, não deixa de ser uma boa notícia.


 

   
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