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O sonho ainda não acabou
  • Paulo Renato ainda persegue a candidatura presidencial
  • Serra já esteve mais forte no início do ano

    VALDO CRUZ
    Articulista convidado

    BRASÍLIA - 24.jul.2001 - A ausência do tal candidato natural de uma aliança governista ainda perturba o sono de muita gente no governo e na base aliada. Por outro lado, faz alguns sonharem um pouco mais. Um sonho justo, mas difícil de ser concretizado. Mas na política, como dizem, nada é impossível.

    Há alguns meses, o ministro José Serra (Saúde) parecia caminhar para ser esse candidato natural. Se bem que, na definição exata que se dá no mundo político, ele nunca seria um candidato natural puro sangue. Poderia se aproximar. E estava chegando lá, apesar das resistências do PFL.

    Mas os últimos lances em Brasília, com a crise instalada no PMDB, reanimaram aqueles que disputam com o ministro da Saúde a condição de candidato tucano ao posto hoje ocupado por Fernando Henrique Cardoso. Apesar de Serra continuar forte e ser, hoje, o nome mais provável.

    O ministro Paulo Renato Souza (Educação), por exemplo, decidiu traçar uma estratégia para tentar retirar a indicação de candidato presidencial de Serra. Os dados indicam que sua área, a educação, é a mais bem avaliada no governo. Ganha de longe da de Serra, a saúde, que é a pior avaliada.

    O problema de Paulo Renato é que o mesmo eleitor que aponta a educação como a melhor área do governo FHC não identifica o ministro como o responsável pelas melhorias no setor. Ou seja, não existe um link automático entre "educação melhor" e Paulo Renato Souza.

    Para resolver essa falta de associação, o ministro decidiu viajar pelo Brasil afora, mostrando seus programas na educação. Nesta semana, ele deve passar por Minas Gerais, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

    Nestes Estados, ele vai entregar cartões magnéticos do bolsa escola. Aquele programa que destina R$ 15,00 por criança em idade escolar para famílias carentes. Em cada cidade que visitar, sua equipe estará orientada a procurar emissoras de rádio e TV locais. Faz parte da estratégia uma superexposição na mídia eletrônica regional.

    José Serra também tem se mexido para consolidar seu nome ao perceber a perda de espaço. Nos últimos dias, como dizem seus inimigos íntimos, resolveu sair da toca e começou a se expor, defendendo o presidente Fernando Henrique Cardoso no tiroteio verbal provocado pelo presidenciável Ciro Gomes (PPS).

    Mas neste quesito, o de guardião do governo FHC, Serra continua perdendo para o ministro Pedro Malan (Fazenda). Dependesse a candidatura apenas deste item, Malan seria o candidato. É o que mais defende FHC e aquele que mais ataca a oposição, principalmente o PT.

    A disposição de Malan para o embate com a oposição, por sinal, cresceu e muito nos últimos dias. Tanto que estimulou novamente gente muito próxima de FHC a fazer especulações sobre uma eventual candidatura do ministro da Fazenda para o Palácio do Planalto. Ele, que estava descartado, passou a circular novamente nas listas de presidenciáveis. Apesar de ele repetir que não será candidato.

    Na lista, há ainda o governador Tasso Jereissati (CE). Um nome que anda fraco, mas que tem o cenário político atual a seu favor. Com a queda do PMDB, vai ficando mais evidente que PSDB e PFL é que vão caminhar juntos novamente. Ponto para Tasso, que desperta mais simpatia entre os pefelistas do que Serra.

    Como FHC prometeu definir o candidato governista só em janeiro, tempo para sonhar é o que não vai faltar. Só que Serra parece ter acordado mais cedo do que os demais.





    Valdo Cruz, 40, é diretor-executivo da Sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo
    escreva para Valdo Cruz: valdo@uol.com.br







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