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Caixa dois no Paraná complica,
mais uma vez, imagem do PFL


  • Cassio Taniguchi, prefeito de Curitiba, fica em situação delicada
  • Pefelista teria omitido gastos R$ 29,8 milhões da Justiça Eleitoral

    Fernando Rodrigues

    BRASÍLIA - 06.nov.2001 - O PFL está com um problemão para resolver. Ao mesmo tempo que o partido tenta dar um verniz em sua imagem, com a candidatura de Roseana Sarney a presidente da República, nos rincões deste país a sigla continua sendo a suspeita de sempre.

    O novo escândalo envolve o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). Ele declarou ao TRE-PR que gastou apenas R$ 3,112 milhões na sua reeleição em 2000. Ocorre que surgiu um caixa dois com registro de um gasto muito maior: R$ 32,904 milhões.

    Para ter acesso à lista de entradas no que seria essa contabilidade paralela de Taniguchi, clique aqui. Uma tabela mostrará data por data, doador por doador, todos os valores que teriam abastecido a campanha pefelista em Curitiba em 2000.

    É pouco provável que seja levada a cabo uma investigação profunda sobre o caso. Taniguchi é afilhado político do governador do Paraná, Jaime Lerner. Juntos, dominam completamente a política paranaense. A oposição é minoria na Câmara Municipal de Curitiba, sem poder para instalar uma CPI.

    Os documentos do caixa paralelo são para lá de críveis. Oito empresas confirmaram os dados ali contidos. Um funcionário do comitê deu uma entrevista gravada e confirmou a veracidade dos papéis. Apesar de tudo isso, seria necessário que o caso fosse nacionalizado para haver alguma apuração de fato.

    É quase uma impossibilidade política que todos os partidos adversários do PFL decidam levar essa acusação a ferro e fogo. Por uma simples razão. Não existe partido político grande no Brasil que tenha condições de dizer que presta contas corretamente. A legislação é ruim. Os partidos fingem que dizem a verdade. E a Justiça Eleitoral finge que acredita.

    Quando as contas de uma campanha chegam para análise da Justiça Eleitoral, os TREs basicamente fazem contas. Verificam se os recibos ali apresentados conferem com os números repassados para a contabilidade. Enfim, um trabalho banal. Não há notícia de algum TRE ter determinado diligências para verificar a consistência das contas de alguma campanha.

    É claro que pode acontecer um quase milagre e este caso ter conseqüência práticas, em termos de punição dos responsáveis. Mas seria, infelizmente, uma exceção para confirmar a regra.

    O mais provável mesmo que apenas o PFL tenha sua péssima imagem reforçada um pouco mais pelo lado pejorativo. De qual partido eram os deputados que venderam seus votos a favor da emenda da reeleição, em 97? Do PFL. É raro passar algum ano sem algum deputado, senador, ministro ou governador do PFL não se meter em encrenca.

    Esse caso de Curitiba apenas reforçará que o PFL é a sigla muitas vezes do submundo da política -embora seja necessário reconhecer que devem existir exceções na pefelândia, assim como também há casos de corrupção no PT.


    Enquete
    A enquete mudou. O que vai acontecer com esse caso de caixa dois em Curitiba? Dê sua opinião na barra do lado esquerdo da página.


    Política nacional
    Roseana Sarney, governadora do Maranhão, já está na faixa dos 20% na pesquisa presidencial. Para ver os números, entre em pesquisas de opinião e escolha a opção Vox Populi - Sensus.

    Mas o mais relevante talvez não seja isso. O importante mesmo é que, aos poucos, o presidente Fernando Henrique Cardoso vai se mantendo com a sua popularidade não tão em baixa como desejaria o PT e o restante da oposição.

    FHC tinha apenas 17,7% de aprovação positiva (respostas "bom" e "ótimo") para seu governo em junho passado. Em outubro, esse percentual subiu para 22%. Tudo bem, ainda é pouco. Mas é mais do que a festejada Roseana Sarney tem obtido nas pesquisas.

    Se não acontecer nenhum acidente de percurso (novos riscos de apagão, por exemplo), uma coisa é certa: FHC será um aliado e tanto do candidato governista que desejar chegar ao segundo turno.





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