Menu de navegação


Índice | Próxima

Liga Mundial abre edição ‘laboratório’
20h02 - 14/05/98

Agência Folha
Em São Paulo

A cinco meses de sua abertura oficial, o Mundial do Japão começa a ver a partir desta sexta a disputa que será ‘‘laboratório’’ para os maiores concorrentes ao título. Em sua nona edição, a Liga Mundial terá 12 dos 24 países que em novembro tentam conquistar o título de campeão do mundo.

A seleção brasileira, no Grupo C, estréia na Liga Mundial nesta sexta contra a Iugoslávia, às 20h30, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). No mesmo grupo estão ainda Polônia e Rússia. Desde que assumiu o cargo, há um ano, o técnico brasileiro Radamés Lattari tem repetido que seu trabalho visa ao Mundial. ‘‘Não tenho dúvida que a Liga Mundial vai servir de preparação para todas as equipes. Como falta muito tempo para o Mundial, as observações aqui servirão para nortear o trabalho de todos.’’

Sem as estrelas Max e Carlão, que pediram dispensa, Gílson (preterido pelo técnico) e Marcelo Negrão, que diz só voltar em Sydney-2000, o atacante Roim, 22 anos, 2,09 m, terá avaliada a chance de permanecer na seleção. ‘‘O Roim sempre foi reserva. Quase não foi experimentado. Vamos ver se ele explode desta vez.’’ Seis vezes campeã e, pelo regulamento, já classificada para as finais por ser o país-sede, a Itália, de Bebeto de Freitas, deverá usar na primeira fase só dois remanescentes do time vice-campeão olímpico: Meoni e Bracci. Novatos como Fei, 19, Giombini, 23, e Casoli, 23, estarão sendo avaliados.

A Itália se coloca como favorita, ao lado da Rússia, terceira colocada no ano passado, depois de perder o técnico Platonov (que sofreu um aneurisma) no meio da competição e da Iugoslávia, vice-campeã européia. Como sedes da segunda fase (da qual sairão três finalistas), Iugoslávia e Espanha já estão classificadas, não dependendo do resultado obtido agora. A Itália, por sua vez, passa direto para as finais. ‘‘Nosso objetivo é claro. Vamos brigar pelo título’’, diz o técnico Zoran Gajic.

Nos jogos contra o Brasil, sexta e domingo, ele não terá o levantador Nicola Grbic, que recebeu folga após disputar a final do Italiano pelo Cuneo, na última semana. A Argentina, companheira dos italianos no Grupo A (com Grécia e Holanda), poderá testar a forma do atacante Cuminetti, 30, que volta à seleção depois de sete anos. ‘‘Teremos um parâmetro de nossas possibilidades no Mundial e do nível das demais seleções’’, diz o técnico Daniel Castellani.

Dona do título europeu _conquistado em casa_ e ouro olímpico em Atlanta-96, a Holanda, quarta colocada no ano passado, contará com o levantador Blangé (ausente na última edição) e o atacante Schuil, destaque no Campeonato Italiano pelo Ferrara Conad. Para Cuba, vice em 97, mais do que preparatória, a Liga servirá para apagar o vexame nas eliminatórias do Mundial, quando perdeu por 3 a 0 para o Canadá. Disputando o grupo mais forte do torneio, o Brasil corre o risco de ser surpreendido pela Polônia, com média de idade de apenas 22 anos (quatros jogadores disputaram o Mundial juvenil, em 97) e média de altura de 2,00 m.

Índice | Próxima




 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.