Agência Folha
De São Paulo

A segunda partida da decisão da Superliga masculina de vôlei pode confirmar ou não uma ‘‘regra’’. Olympikus e Ulbra-Diadora se confrontam às 20h30, no ginásio do Grajaú Country Club, no Rio. A Ulbra abriu vantagem na melhor de cinco, em casa, domingo, batendo o adversário por 3 sets a 1. Os cariocas jogam para ratificar seu retrospecto: das 16 partidas jogadas em seus domínios na atual temporada, perdeu apenas 1 -para o Report/Suzano por 2 a 3, na definição dos semifinalistas.

No caso da Ulbra-Diadora, a condição de ‘‘intruso’’ não tem sido favorável: perdeu 6 das 17 partidas (35,2%) que disputou em ginásios adversários. Duas de suas três derrotas para o Olympikus foram como visitante -parciais de 3 a 2 e 3 a 0. ‘‘Existe a pressão da torcida, o retrospecto. É uma situação a qual a equipe terá que se adaptar. Não mudaremos em nada a maneira de jogar ou atitude’’, diz o técnico Jorge Schmidt, do Ulbra-Diadora, que chegou à final eliminando o atual campeão Report/Suzano.

Com o lastro dos números, Renan dal Zotto, treinador do Olympikus, mostra-se preocupado em ‘‘reequilibrar’’ seus jogadores. A derrota na primeira partida foi atribuída por ele não a erros táticos ou técnicos, mas ao descontrole emocional da equipe. ‘‘Perdemos porque estivemos mal emocionalmente, nervosos. Agora, a responsabilidade é nossa de vencer as duas partidas que teremos aqui no Rio’’, diz Dal Zotto.

O Olympikus espera restabelecer a ‘superioridade’ do elenco, orçado em R$ 3 milhões/ano ( R$ 1,5 milhão do rival), com seis atletas de seleções. ‘‘Para quem está acostumado a finais como eles, a pressão é menor. O sujeito está preparado. Como um dos mais experientes, tenho que passar isso para os mais jovens’’, diz Gílson, do Ulbra-Diadora, ex-seleção, e que lidera o ranking de pontuadores da liga.

Temendo superlotação do ginásio (2.500 lugares), o time instalou um telão no pátio do clube. O próximo jogo, domingo, será no ginásio Miécimo da Silva, na zona oeste do Rio.