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Olympikus e Diadora travam guerra fora das quadras
18h49 - 08/04/98

AJB
De Porto Alegre

O Olympikus, que levou o Rio às finais da Superliga masculina após 12 anos, e a Diadora, patrocinadora do time do Ulbra, são tradicionais rivais fora das quadras, na produção de material esportivo no país. Ambas são gaúchas. A marca Olympikus pertence à Azaléia, da cidade de Parobé, e a Diadora - uma multinacional italiana - teve sua divisão de tênis esportivo comprada pela indústria Paquetá, de Sapiranga, cidade vizinha de Parobé. As duas cidades estão localizadas no Vale do Sinos, maior região produtora de calçados femininos do Brasil.


"A Olympikus foi a primeira marca esportiva que entrou no vôlei como patrocinadora, iniciando em 1994 com a Telesp, de São Paulo", contou o gerente de marketing da Olympikus, Getúlio Nunes. "Ver a Diadora seguir nossos passos é motivo de satisfação. Se outras empresas investissem mais nesse esporte, o vôlei brasileiro estaria ainda muito melhor", disse.


O investimento anual da marca Olympikus com toda a estrutura de vôlei, incluindo gastos com salários, abrigos, tênis, etc, alcança R$ 2,5 milhões por ano, segundo Getúlio Nunes. Já a Diadora, por ter feito parceria com a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), gasta menos: em média R$ 700 mil, cabendo à universidade outros R$ 700 mil.


Com isso e com toda a estrutura da universidade, é possível manter estrelas como Gílson e o levantador Weber (capitão da Seleção Argentina) em apartamentos no centro de Canoas, com suas famílias. Os atletas solteiros ficam em apartamentos no campus, que possuem TV, forno microondas, geladeira, fogão, quarto e escrivaninha.


Rivais nas quadras de vôlei e nas lojas de calçados, Olympikus e Diadora são sócias, junto com outras empresas, numa grande fábrica de calçados que será construída na Bahia.


O Olympikus não conseguiu ser patrocinador do vôlei num time gaúcho, em 1994, porque a única vaga do Rio Grande do Sul já estava destinada ao Ginástica/Frangosul. Por isso, acertou-se com a Telesp, de São Paulo, até criar seu próprio clube, no Rio, com a Lei Zico. O Olympikus tornou-se a primeira equipe a registrar os jogadores como seus funcionários, com vínculo empregatício.


A Diadora, após a compra de sua divisão esportiva pela Paquetá, fez ano passado um acordo de parceria com a Universidade Luterana, na sua primeira incursão na área. O Olympikus, para incentivar o vôlei no Rio, cedeu por empréstimo dois jogadores - Carlos e Marlon - para o time do Fluminense, embora o salário dos atletas seja pago pelo Olympikus. O tricolor contou com jogadores vindos da Seleção Brasileira juvenil e não se classificou para as quartas-de-final da Superliga.


Getúlio Nunes advertiu que "é um engano pensar que o marketing esportivo vai gerar incremento de vendas". "Como são equipes de alto nível, o uso do tênis é a comprovação da performance do produto, valorizando a marca. Cria o respeito pela marca, mostra a qualidade do produto. Também serve para a criação de novos produtos e corrigir defeitos", disse Getúlio.





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