Agência JB
Em Tóquio

Os jogos de vôlei na Olimpíada de Sydney, em 2000, serão disputados no sistema de 25 pontos, sem vantagem (nos quatro primeiros sets) e 15 pontos, também sem vantagem, no tie break (se necessário). A nova regra - que já vem sendo testada nos campeonatos regionais do Brasil e será usada na Superliga - foi aprovada ontem pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Estará em vigor a partir de 1° de janeiro de 1999.

A FIVB aprovou ainda a adoção do líbero (jogador defensivo). As mudanças (com exceção do líbero) não valem no Campeonato Mundial, cuja edição feminina começa terça-feira, no Japão. O torneio masculino tem início dia 13.

A partir do ano que vem, todas as competições organizadas pela FIVB (Liga Mundial, Grand Prix, Mundial) serão disputadas no novo sistema. Nas competições patrocinadas pelas federações nacionais, a nova regra terá que estar em vigor somente a partir de 2000.

A expectativa da FIVB é que as partidas tenham tempo máximo de duas horas. Assim, o vôlei se torna um produto mais atrativo para as televisões. As emissoras justificavam que a transmissão de jogos de vôlei representava um problema porque não havia um limite de tempo. As TVs não tinham com se programar.

No Brasil, um jogo entre Report e Olympikus, pela Superliga 97/98, teve a transmissão suspensa no meio do tie break - o horário da partida tinha estourado o tempo do Sportv, que foi obrigado a cancelar a transmissão.

É por isso que a FIVB passou a estudar alternativas. Com o novo sistema, os jogos tendem a ficar mais equilibrados - mesmo entre equipes de grande desnível técnico. Aumenta a possibilidade de zebras. Isso porque cada jogada vale ponto e, se algum adversário abrir vantagem, fica difícil recuperar.

Um exemplo que não deve se repetir: na Liga Mundial de 1993, o Brasil perdia para a Grécia por 13/1 e conseguir vencer o set. Agora, sem vantagem, isso é quase impossível.