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Do Brasil, marido empurra Leila no Mundial feminino
23h42 - 09/11/98

Agência JB
No Rio de Janeiro

Uma parte do sucesso do vôlei feminino do Brasil passa pelas fortes cortadas de uma jogadora baixinha para os padrões do esporte (1,79m), nascida há 27 anos, em Brasília, com
sorriso farto e simpatia contagiante.

A atacante de ponta Leila Barros tornou-se uma peça fundamental na seleção brasileira, que tenta o inédito título mundial. À distância, um espectador atento estará acompanhando o desempenho de Leila nas quadras japonesas. É o marido
da jogadora, o empresário Luís Milani, que, de Belo Horizonte, assistirá ao jogo contra Cuba, de madrugada.

"É um horário ingrato, mas estarei lá, diante da TV. Sei que será um jogo difícil, mas conheço os objetivos da Leila. Sei que ela não abre mão desses objetivos", conta o orgulhoso marido.

"Tenho muito orgulho do jeito guerreiro dela. A Leila é a mesma pessoa fora das quadras. Disputa até par-ou-ímpar comigo", diz Luís, que trabalha num frigorífico na capital mineira.

O fato de Leila ser bastante assediada - muito em função
de sua beleza - não desagrada a Luís. Ele afirma que, como ex-atleta (foi nadador), conhece o assédio. "Não tenho tanto ciúme dela. Sei que ela perde liberdade. Não
dá para aproveitar metade do que poderia."

Luís e Leila têm conversado todos os dias por telefone. O marido afirma já estar acostumado com as constantes viagens da jogadora. Segundo ele, o vôlei é um dos assuntos que o casal conversa em casa. "Sempre gostei do esporte. Em 90, conheci a Leila. Converso com ela sobre odesempenho. Se eu não falar, quem vai falar as verdades para ela melhor?"

Luís, no entanto, reconhece que a mulher tem pouco a melhorar. "Nos fundamentos, ela está muito bem. Precisa ter concentração o tempo todo, afastar a tensão", conta o marido.

Para o jogo decisivo contra as cubanas, Luís diz que o Brasil não pode errar muito. "Elas pecaram muito na estréia. Isso não pode acontecer. Tudo está treinado. Elas têm
estudado o time de Cuba. Agora, é pôr em prática", resume Luís, que, além dos telefonemas (muita vezes, demorados), troca mensagens por e-mail com a mulher.

Escolhida duas vezes a melhor jogadora do Grand Prix (1996 e 1998), Leila começou no Minas Tênis, em 1989. Dois anos depois, chegou à seleção. Em 1994, foi cortada do Mundial do Brasil, pensou em abandonar o vôlei, mas reagiu.

Treinou muito, especializou-se em passe e consolidou-se no time. "Cresci muito após o corte. Quis provar que poderia fazer parte da Seleção."

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