Agência Folha
Em São Paulo

A seleção feminina de vôlei estréia na segunda fase do Mundial do Japão contra a Holanda, time que lhe serviu de sparring na fase de preparação para o torneio.

Na madrugada de hoje, as brasileiras encerraram a participação no classificatório. Venceram a Alemanha por 3 sets 0 (15/1, 15/4 e 15/ 3), em 51 minutos, em Matsumoto. Terminaram, assim, em segundo lugar do Grupo C. O primeiro posto ficou com a Rússia (que derrotou o Brasil por 3 a 0, na estréia). República Dominicana, em terceiro, também se classificou. As alemãs foram eliminadas.

A seleção enfrenta a Holanda na madrugada de sábado, às 4h (horário de Brasília), em Nagoya. Os adversários seguintes são Japão (domingo) e Peru (segunda-feira), equipes classificadas do Grupo A.

Contra as holandesas, o Brasil (que tenta o inédito título no torneio, depois do vice em 94) fez seus últimos amistosos na fase preparatória no país. Ao todo foram quatro amistosos, no Nordeste: quatro vitórias brasileiras, com apenas dois sets cedidos.

Na pífia apresentação contra a Rússia, o técnico Bernardinho teve como uma das justificativas a falta de ritmo de jogo. Atribuiu essa condição, em parte, aos amistosos contra um rival fraco.

"Se tivéssemos sido mais exigidos, poderíamos ter começado o Mundial melhor. Mas a Holanda foi o único time que encontramos’’, disse o treinador.

Já em Matsumoto, o time conseguiu fazer quatro jogos-treinos com os EUA e com um time local. Atuando no grupo de menor nível técnico da competição, a Holanda classificou-se em segundo (duas vitórias e uma derrota).

O que não significa muito: o primeiro colocado, o Japão, apesar de seus três títulos mundiais não tem um bom resultado desde o terceiro posto em 74. O Peru, há quatro anos em renovação, está longe da equipe bronze em Seul-88. Por pouco não perdeu a vaga para o Quênia (3 sets a 2).

Duas jogadoras holandesas atuam em clubes do Brasil. A atacante Ingrid Visser defenderá o Minas Tênis Clube em sua segunda Superliga. A meio-de-rede Cintha Boersma é companheira de Érika, Fernanda Venturini e Raquel, no Rexona, time dirigido por Bernardinho, e atual campeão nacional.

Próximos passos

Pelo regulamento, as equipes (três do A e três do C) se enfrentam nessa fase, mas levam consigo os resultados da etapa inicial.

Somadas as duas etapas, cada equipe terá feito seis partidas. As duas seleções com maior número de vitórias disputam as semifinais.

Na outra chave, seguindo esse mesmo critério se enfrentam os classificados do Grupo B e os do C. Estre último grupo apresentou uma das surpresas do Mundial: a China, vice-campeã olímpica foi superada pela Coréia do Sul.

As semifinais acontecem na próxima quarta-feira, em Osaka. No dia seguinte, será a final.

Este é o último Mundial feminino disputado com regras tradicionais -contagem até 15 pontos em cada set.
A partir de 1º de janeiro, a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) começa a implementar em todas as competições jogos com sets em 25 pontos corridos (sem vantagem). Ou seja, cada disputa de bola vale um ponto.