Menu de navegação


Índice | Próxima

"Fantasma" da terceira divisão ronda Fluminense
09h26 - 26/08/98

Da Agência JB
No Rio de Janeiro

A calculadora tricolor não pára. E depois do empate com o CRB, na segunda, em Maceió (2 a 2), as contas do Fluminense não são mais apenas para saber os pontos necessários para a classificação para a próxima fase. Por mais que jogadores e comissão técnica não admitam, o fantasma da terceira divisão começa a ficar cada vez mais assustador, aumentando a responsabilidade do time para as próximas partidas.

Com apenas dois pontos em quatro jogos, o Fluminense só pode fazer mais 18 pontos - se vencer os seis jogos restantes. Um peso e tanto nos ombros da equipe. "É como se a gente estivesse carregando um saco de cimento nas costas. Temos que tirá-lo logo porque está ficando cada vez mais pesado. Mas ainda não começamos a pensar por esse lado. O objetivo ainda é a classificação. A tabela nos favorece agora porque jogamos duas vezes com o líder e temos que vencer. Senão vai começar a complicar", disse Nonato, que se baseia numa outra conta para acreditar numa reviravolta da situação do time.

"Perdemos as duas primeiras (ABC e Juventus) e empatamos as duas seguintes (Paissandu e CRB). Agora é hora de ganhar as duas contra o Joinville."

Para Roni, autor dos dois gols de segunda, a terceira divisão ainda está longe. "Só se a gente estiver na lanterna nas duas últimas rodadas. Se vencermos os dois jogos contra o Joinville, já entramos no bolo", diz o atacante, que acredita, no entanto, que quatro pontos (uma vitória no Rio, quinta-feira, e um empate em Joinville na próxima segunda-feira) está de bom tamanho. "As outras equipes já conhecemos e dá para ganhar", confia.

O técnico Delei prefere não comentar a hipótese de o time descer para a terceirona ou mesmo ficar na Série B, e já pensa em novas mudanças na equipe para o jogo de quarta-feira. Ele está em dúvida entre manter Magno Alves no meio-campo e Roni e Sérgio Alves no ataque - formação do time no segundo tempo contra o CRB - ou promover a volta de Bruno Reis, que em Maceió voltou a ficar no banco depois de um longo tempo parado.

"Quero dar mais qualidade no passe no meio. Estou avaliando", diz. Delei não quer nem saber mais de contabilidade, apesar de acreditar que o time se classifica até com 12 pontos. "Temos agora que pensar em classificar, não importa se em terceiro ou quarto lugar."

Há menos de uma semana, a diretoria tricolor considerava "apodrecida" a negociação com o banco Bozano,Simonsen. Mas o presidente Manoel Schwartz quer saber exatamente o que o banco tem para oferecer ao clube e por isso marcou ontem uma reunião com executivos do eterno-futuro-parceiro, da qual participaram também o vice-presidente de administração, David Fischel, e o vice de futebol, José Carlos Coelho.

"Queremos renovar os entendimentos com eles para saber exatamente em que pé estão as negociações", disse Schwartz, que nesta quarta também espera resolver outras duas questões: o patrocínio para o pagamento dos salários do meio-campo Jamelli (cerca de R$ 120 mil) e um empréstimo para pagar a primeira parcela dos salários atrasados dos jogadores - um total de R$ 1,8 milhão.






Índice | Próxima




 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.