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Suspensões fazem Nelsinho dar chance a Adriano e Capitão
20h04 - 04/09/98

Agência Folha
Em São Paulo

Embora a intenção do técnico Nelsinho Batista fosse outra, o time do São Paulo na partida de domingo contra o Atlético-MG vai ter duas alterações. Alexandre e França, que estão suspensos, vão dar lugar a Capitão e Adriano.

O objetivo do treinador são-paulino era fazer a equipe ganhar entrosamento. "Essa formação que vem jogando é a ideal para esse momento. Mas teremos que mexer no time.”

Capitão era titular do meio-campo do São Paulo até a partida contra o América-RN, quando ficou de fora devido a uma suspensão.

Já a situação de Adriano é bem diferente. O meia, que terá a função de jogar como atacante, não entra como titular desde o início do ano. "Ele melhorou muita na parte física e está se dedicando bastante”, diz Nelsinho. Com a entrada do jogador, o São Paulo ganha em toque de bola, mas perde em presença de área.

O ambiente no Tricolor mudou, depois da convocação de três jogadores para seleção brasileira. "Já estamos conseguindo manter um ritmo de jogo semelhante ao do Campeonato Paulista”, disse o lateral Serginho, empolgado pelo chamado de Luxemburgo.

"A convocação motiva os que vão e também os que ficam. Todos ficam com esperança de serem chamados”, disse Nelsinho, que considerou bom o desempenho do São Paulo na vitória de ontem sobre o San Lorenzo (2 a 1) pela Copa Mercosul.

"Eles marcaram um gol e se fecharam lá trás. Erramos passes no primeiro tempo, mas depois melhorámos e passamos a marcar mais na frente.” O técnico acredita até que o recuo do time argentino foi uma demonstração da superioridade do Tricolor. "Eles jogaram como time pequeno devido ao nosso volume de jogo.”

Choro

O volante são-paulino Alexandre, que tem o apelido de Rotweiller, chorou ao saber de sua primeira convocação para a seleção. "No começo não acreditei, mas depois todo mundo veio falar. Daí liguei para minha mãe. Ela começou a chorar. Eu fiquei emocionado e deixei sair algumas lágrimas.”

Até junho de 97, Alexandre defendia o Rio Branco de Americana. Mesmo com a mudança de vida, a mãe do jogador continua trabalhando como cozinheira de hospital em Brotas (interior de São Paulo).

O goleiro Rogério não mostrou tanta humildade ao comentar a sua convocação. "Não fiquei surpreso porque sei que tenho capacidade.” No time de Luxemburgo, o goleiro tricolor não vai poder arriscar cobranças de falta. "Goleiro tem que ficar dentro do gol, eu não gosto disso”, disse o treinador.
Rogério procurou não bater de frente com o técnico da seleção. "Se ele (Luxemburgo) falou que não vou poder bater, tudo bem. Ele é o chefe.”

Já Serginho aproveitou a oportunidade para revelar sua mágoa com o ex-técnico Zagallo. "Acho que o fato de o Luxemburgo nos acompanhar de perto foi decisivo. O Zagallo ficava distante.”

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