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Michael Jordan continuará sendo 'máquina de fazer dinheiro'
19h44 - 14/01/99

Agência JB
No Rio de Janeiro

Todos os analistas concordam que Michael Jordan continuará sendo uma "máquina de fazer dinheiro", mesmo depois de seu afastamento das quadras. A grande dúvida é em que intensidade o maior jogador de basquete da história vai geral lucros longe das quadras.

A Nike, por exemplo, tem motivos de sobra para se preocupar. A venda dos artigos ligados a Jordan representa 4% do seu faturamento total - ou seja US$ 400 milhões por ano. Entre 93 e 94, quando Jordan estava fora das quadras, a empresa pôde sentir o quanto ele fez falta. "A vendas diminuíram, o que deve se repetir agora. Mas sabíamos que isso iria ocorrer um dia", disse Larry Miller, presidente da unidade da Nike que fabrica os produtos Jordan.

Já o presidente da Nike, Phil Knight, acredita que o relacionamento entre a empresa e seu principal garoto-propaganda pode ser tornar ainda mais íntimo a partir de agora - em suas últimas peças publicitárias, a Nike já explorava mais sua popularidade do que os resultados nas quadras.

O problema é que a empresa atravessa uma crise - demitiu duas mil pessoas no último ano - e suas ações caíram 5% assim que Jordan anunciou sua aposentadoria. A Nike nunca revelou quanto paga a Jordan, mas especialista acreditam que a cifra gire em torno de US$ 20 milhões anuais.

Outros anunciantes
O repositor energético Gatorade não poderá mais explorar a imagem de Jordan deixando uma quadra suado. Mas produtos como as pilhas Rayovac, os cereais General Mills e as roupas de Sara Lee Corp. devem enfrentar a aposentadoria de seu garoto-propaganda sem maiores problemas.

Saem perdendo as redes de TV "TNT" e "TBS", que pagaram US$ 890 milhões por um contrato de quatro anos para transmitir os jogos da NBA - que agora certamente vão despertar menos interesse.

Em compensação, crescerá sensivelmente o lucro dos livreiros com lançamento da biografia de Michael Jordan, que teve uma edição especial de setecentos mil exemplares em papel especial vendidos a US$ 50 cada.

Quem conhece o mundo dos negócios sabe que o maior desafio de Michael e das agências publicitárias americanas será manter em crescimento os números do império financeiro de Michael Jordan. "A marca Michael Jordan é muito maior do que o jogador Michael Jordan", diz Brad Burns, porta-voz da MCI Telecom, um dos clientes de Jordan no mercado publicitário.

Jordan ganha US$ 42 milhões anuais de patrocinadores que usam sua imagem para vender mais. Todos os negócios do jogador - publicidade, restaurantes, colônias, filmes e etc - rendem US$ 375 milhões anuais.

A revista "Fortune" calcula que o impacto do sucesso de Jordan na economia do basquete profissional americano seja de US$ 10 bilhões. A Nike, maior produtor de material esportivo do mundo, assegura ter vendido US$ 2,6 bilhões de produtos com a marca Jordan desde que o jogador foi contratado por eles em 1994.

Michael é longe o atleta mais rico da história. Recebeu mais de US$ 300 milhões em sua carreira enquanto o segundo colocado na lista, o boxeador Mike Tyson, não passa dos US$ 180 milhões. Quando Jordan foi contratado, a maioria das ações do Chicago Bulls - 51% - valia US$ 9,3 milhões. Segundo outra revista especializada, a "Forbes", o controle acionário dos Bulls vale hoje US$ 303 milhões.

Para quem quiser insistir especulando é melhor gastar energia tentando adivinhar onde Michael poderá seguir carreira: no cinema, na política e na moda, coisas que sempre o fascinaram.

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