Ponte Preta e Guarani reduzem teto dos salários
21h49 - 28/12/1999
Agência Folha
Em Campinas
As diretorias de Guarani e Ponte Preta reduziram os tetos salariais dos jogadores para cerca de R$ 16 mil mensais a fim de não extrapolarem seus orçamentos para o ano 2000.
Na Ponte Preta haverá apenas uma exceção. O zagueiro Ronaldão continua ganhando cerca de R$ 25 mil, o maior salário.
No Guarani, os únicos jogadores que ganhavam cerca de R$ 30 mil -o atacante Gilson Batata e o zagueiro Marcelo Souza- estão deixando o clube.
Por outro lado, as equipes elevaram a média salarial dos jogadores. No Campeonato Brasileiro, a média salarial na Ponte Preta era de R$ 8.000, segundo apurou a Folha de S.Paulo.
No Guarani, a média salarial era inferior a R$ 20 mil.
Com o limite nos salários, a diretoria da Ponte está tendo dificuldades de renovar os contratos de Alexandre, goleiro menos vazado do Campeonato Brasileiro, e do meia Vander.
Os novos contratados também estão enquadrados na determinação de redução do teto salarial.
Segundo o diretor de futebol ponte-pretano, Marco Eberlim, há casos de jogadores com aumentos de 255%. No elenco havia atletas que ganhavam menos de R$ 1.000 por mês.
"Não comentamos cifras, é melhor assim. Mas a Ponte praticamente dobrou todos os salários de seus jogadores", disse.
No Guarani, a Folha de S.Paulo apurou que o teto máximo ficou em torno de R$ 15 mil. O clube ainda não renovou o contrato de patrocínio para 2000.
Neste ano, o Guarani acertou patrocínio a partir de julho, quando recebeu R$ 1 milhão em cinco parcelas do grupo Meio Norte, do Piauí, proprietário do Poupa Ganha, um título de capitalização com sorteio pela TV.
O contrato vence neste mês e a renovação pode acontecer no próximo mês.
Torneios
Tanto a Ponte como o Guarani só têm dois campeonatos acertados para o ano 2000. De janeiro a junho, há a disputa do Campeonato Paulista. De julho a dezembro, os times jogam o Campeonato Brasileiro.
Os times ainda vivem a expectativa de serem convidados para integrar a Copa do Brasil.