Agência JB
No Rio

Ao explicar sua apagada participação no jogo desta quarta contra o Flamengo, Túlio revelou o que os torcedores tricolores já tinham notado logo nos primeiros minutos de jogo. "Aos 20 minutos do primeiro tempo, eu senti o calor, cansei. Estava muito quente. Estou sem ritmo de jogo e já sabia que ia ser difícil. E faltou também frieza nas poucas chances que tive", disse o atacante, pedindo em seguida desculpas à torcida pelo pênalti que perdeu ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava 2 a 1 para o Flamengo. "O gol pó-de-arroz que prometi para hoje virou pó. Ficou adiado para sábado, contra o Santos."

Para Túlio, o Fluminense perdeu quando podia perder e que a equipe vai entrar diferente contra o Santos, sábado, na estréia do clube no Torneio Rio-São Paulo. "Agora vale três pontos." O atacante reclamou da falta de apoio do meio-campo, que o deixou muito isolado no ataque, juntamente com Rôni. "Isso desgastou muito a gente." O técnico Carlos Alberto Parreira concorda. "O Bruno Reis e o Jorge Luís saíram muito pouco, estavam tímidos. Temos que melhorar muito ainda na marcação no meio-campo e também a saída de bola."

Parreira não considerou o resultado - 5 a 3 - uma catástrofe, principalmente depois que viu as anotações de seu auxiliar, o preparador físico Moraci Santana. "Tivemos cinco oportunidades de gols, além dos três gols. O Flamengo teve duas oportunidades e cinco gols. Isso mostra que eles souberam aproveitar melhor as chances", avaliou. "Sempre que trocamos passes, fizemos boas jogadas. É assim que tem que ser." Mas os jogadores do Fluminense têm que prestar mais atenção na hora de tocar a bola, até para não gastarem energia à toa. "Erramos 31 dos 333 passes que demos durante o jogo. Temos que diminuir esse total, até para ajudar no condicionamento físico, porque perdendo a bola, o cara gasta mais energia para tentar recuperá-la", afirmou Moraci.