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Ministro Rafael Greca promete fazer do Maracană 'o Louvre do futebol'
21h38 - 20/01/99

Agência JB
No Rio

O ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca, é um admirador de futebol e de arte. Nesta quarta, juntou as duas paixões e prometeu fazer no Maracanã "o Louvre do futebol". Foi o apelido que encontrou para o museu mundial do esporte que será montado no estádio. O ministro anunciou que pretende inaugurar o novo museu ano que vem, durante as comemorações pelos 500 anos do Brasil e 50 anos do Maracanã. Na tribuna de honra, durante o Fla-Flu, Greca manteve a imparcialidade, sentado entre o prefeito tricolor Luiz Paulo Conde, e o governador rubro-negro Anthony Garotinho. Levantou e aplaudiu os oito gols da partida. "Sou Coritiba. Mas aqui não escolhi. Um ministro de Esporte não pode manifestar preferência", despistou.


Greca buscou no Louvre, o museu mais famoso do mundo, em Paris, inspiração para se derramar em elogios ao estádio, ao Rio de Janeiro, ao Flamengo, ao Fluminense, aos torcedores, enfim, a tudo que o cercou durante duas horas e meia. "O Maracanã é um patrimônio nacional, é o Louvre do futebol. Fiquei fascinado", disse, no intervalo, quando, já sem paletó e com a manga da camisa arregaçada, refrescou-se com copos de cerveja.


O ministro foi a diversão da tribuna. Conde e Garotinho davam gargalhadas com seus comentários. Muito bem humorado, brincou com os colegas do primeiro escalão. "Os outros ministros morreram de inveja de mim. O Malan e o Dornelles estão em Brasília, cuidando da Previdência, pediram que eu torcesse para o Fluminense", contou. Depois da partida, foi ao gramado e entregou a taça aos vencedores. A idéia de dar um passeio na geral foi deixada de lado. "Está muito calor", justificou.


Nada passou despercebido pelo ministro. Sorrindo sem parar, Greca reparou o Cristo Redentor, apresentou-se a alguns torcedores - "Como vai? Eu sou o Rafael" - e divertiu-se com a guerra de palavras de ordem das torcidas. Até com o "Ão, ão, ão, terceira divisão" dos flamenguistas, devidamente respondido com "Um, dois, três, quatro, cinco, mil..." pelos tricolores.


Políticos, socialites e artistas fizeram questão de cumprimentar o ministro, que foi apresentado até à morena de camisa do Flamengo e bolsa Louis Vuitton que acompanhava Júlio Lopes, o ex de Adriane Galisteu. Não houve quem não desse uma risada nas conversas com o ministro.


Na tribuna de honra, o poder suou a camisa na torcida. Conde acreditou até o fim na virada tricolor. Os secretários Tito Ryff e Jorge Bittar levantavam e sentavam, aos gritos de incentivo ao Flamengo. Garotinho comemorava os gols e secava o Fluminense como um anônimo torcedor da arquibancada. E Greca ria sem parar, enxugando o suor com um lenço branco que acabou ensopado.

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