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Governador Garotinho tenta passar imparcialidade no Maracană
21h36 - 20/01/99

Agência JB
No Rio

O governador Anthony Garotinho chegou ao Maracanã com uma camisa azul acompanhado da mulher Rosinha vestida de tricolor e de boa parte do seu secretariado dividido entre as duas torcidas. Logo na chegada, ao perceber a maioria rubro-negra, Garotinho não perdoou e soltou a pergunta bem-humorada. "Cadê a torcida do Fluminense?". Cobrado na falta de uma camisa ou símbolo qualquer rubro-negro na vestimenta, o governador brincou mais uma vez e se disse Goytacaz nesta quarta. "Mas eu sou Flamengo", completou apressado.


A aparente indiferença ganhou força por mais alguns minutos quando Garotinho vestiu uma camisa metade tricolor, metade rubro-negra com o escudo do Fluminense na parte do Flamengo e vice-versa - um presente do ex-presidente do rubro-negro Kléber Leite. E parecia reafirmada quando mandou distribuir kits com produtos dos dois times entre as personalidades presentes - o prefeito Luís Paulo Conde, o ministro do Esporte e Turismo Rafael Greca, entre outros.


A máscara caiu, no entanto, assim que Romário fez o primeiro gol do Flamengo. Garotinho pulou da cadeira, vibrou muito com as mãos para cima e, na euforia, foi cumprimentado pelo presidente do Flamengo Edmundo Silva e por Alcione. Conde, Rosinha, o presidente do Fluminense David Fischel fecharam a cara. Horta ainda ensaiou um cumprimento para Edmundo com um sorriso amarelo. Com 4 a 2 no fim do primeiro tempo, Garotinho descreveu nada diplomático que "foi uma moleza" a partida até então. Sempre na dianteira no placar, a opinião do governador não mudou nada até o momento em que desceu satisfeito ao gramado para entregar um troféu para o vencedor Flamengo.


Antes de ir embora, Garotinho prometeu ainda recuperar o Maracanã completamente até o meio do ano que vem, quando o maior estádio do mundo completará 50 anos. "E vamos criar o melhor Museu do Futebol do planeta", afirmou. O governador ainda mandou distribuir ontem nota do presidente de honra da Fifa, João Havelange, que se desculpava por não ter comparecido ao Maracanã por motivos pessoais.


Pouco à frente do governador, os presidentes do Fluminense e do Flamengo e o vice de futebol Francisco Horta assistiram ao jogo juntos e, polidos, os perdedores parabenizaram os vencedores e os vencedores desejaram melhor sorte aos adversários de hoje. "Tem que manter a esperança", disse Horta ao final.

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