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23/03/2004 - 17h17

Mercados: Dólar fecha em leve alta por noticiário externo e política



Fernando Nakagawa | Valor Online



SÃO PAULO - A cautela marcou a terça-feira do mercado cambial. Em mais um dia de atenções divididas entre a possibilidade de ataques terroristas e os desdobramentos políticos no Brasil, investidores preferiram manter distanciamento dos negócios e, como conseqüência, as cotações oscilaram pouco. No final do dia, o dólar apresentava leve alta de 0,06%, a R$ 2,9130 na compra e a R$ 2,9150 na venda.

O conservadorismo no pregão foi reavivado desde ontem após o assassinato do líder espiritual e fundador do Hamas, Ahmed Yassin. A ação - de responsabilidade do exército israelita - suscitou análises de que grupos islâmicos poderiam realizar atentados em Israel e nos Estados Unidos como "resposta" à morte de Yassin. Ainda na noite de segunda-feira, Abdul Aziz al-Rantissi, um dos líderes do Hamas, afirmou que "a batalha está aberta" entre palestinos e israelenses.

Os acontecimentos de ontem apenas acentuaram a aversão ao risco nos principais mercados. Esse tom cauteloso já era observado há quase duas semanas, desde os atentados terroristas contra Madri, em 11 de março. No Brasil, a procura por ativos citados como "mais seguros" em detrimento da renda variável vem acontecendo há alguns dias.

Além do delicado quadro externo, agentes observam que o noticiário doméstico não trouxe boas notícias, principalmente sobre a política. Entre as novidades vindas de Brasília, as atenções permanecem focadas sobre os esforços do governo para tentar abrandar as denúncias de paralisia após o caso Waldomiro Diniz. Sobre esse tema, o "núcleo duro" do governo - formado pelos ministros Antonio Palocci, Aldo Rebelo, Luiz Dulci, Luiz Gushiken e Jaques Wagner - se reuniu ontem por mais de quatro horas com o presidente e o vice-presidente para traçar a estratégia de resposta às críticas de paralisia. Além de tentar unificar o discurso do primeiro escalão, o governo vai liberar R$ 8 milhões para divulgar programas sociais com o objetivo de reverter a imagem negativa.

Em meio aos esforços do Planalto, operadores citaram rumores de que pesquisa de popularidade poderia indicar piora da avaliação positiva do presidente Lula. Boatos ouvidos no mercado citavam a queda de até dez pontos percentuais em suposto levantamento a ser divulgado nos próximos dias.








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