23/03/2004 - 16h41
Calote da AES e sócios na Cemig reduz patrimônio do BNDES em fevereiro
Azelma Rodrigues | Valor Online
BRASÍLIA - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) teve que baixar como prejuízo, em fevereiro, R$ 2 bilhões emprestados ao consórcio SEB, em 1997, para aquisição de 33% da Companhia de Energética de Minas Gerais (Cemig). O calote do consórcio formado pela AES, Mirant (ex-Southern Eletric) e pelo 524 Participações (fundo Opporotunity) foi dado em maio do ano passado, obrigando o BNDES a fazer provisão.
Como há mais de seis meses a parcela da dívida (equivalente a US$ 700 milhões) está em atraso, na classificação de maior risco (nível H), as regras do Banco Central (BC) obrigam que o débito inteiro saia da carteira e seja baixado como irrecuperável.
Com isso, o patrimônio do BNDES teve novo baque. O volume de empréstimos diretos caiu de R$ 42,725 bilhões em janeiro para R$ 40,53 bilhões em fevereiro, contração de 5,2% no mês, segundo revelou o BC.
Em 2003, calote equivalente a US$ 1,2 bilhão da empresa americana AES, em empréstimo tomado junto ao BNDES para a aquisição da Eletropaulo, impactou negativamente o balanço do banco. Mas a instituição e a empresa de energia conseguiram renegociar aquele débito, faltando ainda essa pendência em relação à Cemig.
|