23/03/2004
Petróleo em alta empurrado pelos preço recordes da gasolina
Nova York, 23 mar (EFE).- O preço do petróleo registrou hoje, terça-feira, um incremento em Nova York por causa do empurrão que mantém a gasolina, cujo preço está a um nível recorde de venda ao público segundo cálculos da American Automobile Association (AAA).
O preço dos contratos para entrega em maio do Petróleo Intermédio de Texas, o de referência nos EUA, se situou em 37,45 dólares o barril, após uma ascensão de 0,40 dólar, ou 1,1 por cento, em relação à sessão anterior.
Os contratos para maio do petróleo Brent também se encareceram hoje no mercado de Londres, onde ficaram a 33,31 dólares por barril após uma alta de 0,51 dólar, ou 1,6 por cento, em relação à segunda-feira.
O valor dos contratos de gasolina para entrega em abril aumentou algo mais de um centavo e se situou a 1,14 dólar o galão (3,78 litros), enquanto que o de gasóleo de calefação subiu cerca de dois centavos e ficou a 0,93 dólar por galão.
Os futuros do petróleo recuperaram hoje a alta depois de ceder algo de terreno na segunda-feira, quando surgiram especulações sobre um possível adiamento do corte de um milhão de barris que os sócios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) acordaram aplicar a partir de 1 de abril.
No entanto, os operadores voltaram hoje a centrar sua atenção na forte demanda de gasolina que se registra nos EUA e que coincide com um nível de reservas armazenadas inferior a 1,2 por cento ao do mesmo período do ano anterior.
Os preços de venda ao consumidor se elevaram até níveis recordes e a AAA já coloca o da gasolina normal a 1,738 dólar por galão, superando o 1,737 dólar que se alcançou no dia 30 de agosto passado.
O preço médio do galão de gasolina estava há um mês a 1,661 dólar.
A Agência de Informação da Energia (EIA, em inglês), que é a divisão analítica do Departamento de Energia, também informou ontem que o preço médio da gasolina normal se situou na semana passada a 1,743 dólar por galão.
Os preços mais altos se registram na Califórnia, onde os consumidores pagam mais de 2 dólares por galão há mais de um mês.
A EIA prevê que os americanos pagarão cerca de 1,83 dólar por galão durante abril e maio, quando ainda não se entrou na época de maior demanda, entre finais de maio e início de setembro.
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