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Que tal se perder em Nova York?
Cássio Starling/Folha Imagem
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Visitantes no Museu Americano de História Natural, de Nova York
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CASSIO STARLING CARLOS
VANESSA DE SÁ
em Nova York
É possível se divertir tanto
em Nova York quanto em
qualquer um dos parques da
Disney na Flórida (EUA). A
diferença é que aqui você se
diverte enquanto aprende.
Existem vários lugares na
cidade onde é possível descobrir os segredos do passado
do planeta Terra, do corpo
humano e de máquinas que
ainda não conhecemos, mas
que no futuro vão chegar às
nossas casas.
A Folhinha escolheu um
roteiro fácil e barato que inclui museus especialmente
feitos para crianças, além do
Museu de História Natural e o
Sony Wonder Technology
Lab (Maravilhoso Laboratório de Tecnologia da Sony).
Com exceção do Museu do
Brooklyn, todas as atrações
ficam em Manhattan (veja no
mapa), a ilha onde está a região principal de Nova York.
O ingresso para o Museu do
Brooklyn custa US$ 3 (cerca
de R$ 3) e o do Museu Infantil
de Manhattan custa US$ 5.
A entrada no Museu de História Natural custa US$ 4,50 e
no Sony Lab a entrade é grátis. O Sony Lab fica na av. Madison, 550.
Entrar no Sony Lab é viajar ao futuro
Na entrada do laboratório,
o visitante recebe um cartão
magnético (como o de banco)
e sobe por um elevador todo
de vidro até uma sala escura.
Ali, um computador conversa com o visitante, fotografa seu rosto e grava sua
voz -pode ser difícil porque
ele só fala em inglês.
A partir daí o visitante está
``logado'', quer dizer, o computador gravou no cartão sua
imagem e sua voz.
Uma rampa leva ao primeiro andar, onde é possível
aprender tudo sobre os sons e
brincar com eles. Barulhos de
buzinas, bebês chorando,
gritos de elefantes, mugidos
de vacas podem ser misturados com música clássica.
Durante a descida da rampa, o visitante vai vendo todas as mudanças da imagem
em movimento, desde que ela
apareceu pela primeira vez
no cinema, passando pela invenção da TV, até uma amostra da TV do futuro.
Nesta máquina do futuro,
chamada TV de alta definição, a imagem é tão perfeita
que dá a impressão de que, se
você esticar o braço, vai tocar
as flores que ela mostra.
(CSC e VS)
Ajude a salvar uma
fábrica de acidente
As atrações mais divertidas
do Sony Lab ficam no segundo andar. Ali, por exemplo,
você grava um jornal de TV.
Em várias salas há ilhas de
edição -máquinas que ordenam as imagens. Nelas, você desenha todas as partes de
um videogame e produz um
videoclipe. Pode diagnosticar
uma doença através de uma
câmera que fotografa o interior do corpo e ajudar a salvar
vítimas de um acidente.
Há uma cabine interativa
na qual você vê seu retrato e
pode ``pintar e bordar'': aumentar o cabelo, esticar o
rosto, pintar olhos e boca e
sair com marcas de batom.
Há ainda um tipo de videogame para o jogador descobrir em uma fábrica um vazamento de material radioativo
prejudicial à saúde. Pelo telefone, o jogador recebe instruções e deve conduzir uma câmera até o vazamento. Se
conseguir, recebe diploma e
sai com emprego garantido.
30 milhões de animais e artefatos
em Nova York
Visitar o Museu Americano
de História Natural, em Nova
York, é como fazer uma viagem ao passado da Terra.
Esse passado vai desde a
época em que os dinossauros
dominavam o ambiente terrestre até o aparecimento do
animal que mudou o rumo
das coisas no planeta: o bicho
homem.
Fundado em 1869, o museu
tem uma das maiores coleções do mundo.
São mais de 30 milhões de
tipos diferentes de animais e
de instrumentos e artefatos
feitos por povos antigos e por
povos modernos.
É preciso ter um fôlego de
leão para visitar o museu em
apenas um dia.
Não é para menos: são cinco andares, cada um com um
tema diferente.
Além disso, o museu tem
um planetário e uma espécie
de cinema, o Imax. Quem assiste tem a impressão de estar
dentro da tela.
O ideal é visitar o museu em
dois ou mais dias, para aproveitar mais as diversões que
ele oferece. O Museu Americano de História Natural fica
no Central Park oeste, na altura da rua 79 (tel.
212/769-5800).
(VANESSA DE SÁ)
Procure ossos de seres humanos
Uma das partes mais divertidas do museu é a que conta
como o homem apareceu, a
partir de um animal muito
parecido com o macaco. Uma
sala explica que o homem, assim como os macacos, é um
animal vertebrado: tem ossos
(vértebras) no corpo. Nessa
sala, mãe, pai, filho e cachorro-esqueleto assistem a TV.
É possível jogar videogame
em que você é um cientista e
vai fazer uma expedição para
procurar ossos de seres humanos. O game ensina quais
os melhores lugares para procurar os ossos e como você
deve cavar o solo para que
eles não sejam destruídos.
(VS)
Loja vende ``dinogelos''
A loja do museu que tem
coisas mais engraçadas é a
DinoStore (DinoLoja). Você
compra réplicas em miniatura de dinos, cadarços, chaveiros e borrachas em forma de
dinossauros. O mais legal é a
fôrma para fazer ``dinogelos''.
Animais empalhados
O primeiro andar do
museu tem uma impressionante coleção
de animais empalhados que, olhados um
pouco de longe, lembram os verdadeiros.
Cada animal foi empalhado numa posição
natural, isto é, uma posição igual àquela em
que ele estaria se estivesse vivo. Os animais,
como o Ursus horribilis
-o famoso Zé Colméia-, estão em pequenas salas com a vegetação do local onde
eles vivem.
(VS)
Saiba seu peso fora da Terra
O planetário do Museu Americano de História Natural lembra o
de São Paulo, mas a
qualidade da imagem e
o som são melhores.
Os programas variam
com o dia da semana.
Assim, quem visitar o
museu duas vezes pode
ter a sorte de assistir a
dois filmes diferentes
no planetário. Na sala
de espera há balanças
em que é possível saber
o seu peso em vários
planetas do Sistema
Solar, e até quanto você
pesaria no Sol.
(VS)
Museu tem andar só de esqueletos
Divulgação
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Allosaurus se alimenta de uma carcaça de um Apatosaurus
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em Nova York
Chegar ao andar dos dinossauros é fascinante.
Esqueletos inteiros dos enormes dinossauros convivem com esqueletos de tartarugas gigantes que existiram há milhões de anos, esqueletos de cobras, peixes e outros animais vertebrados que passaram pela Terra em épocas muito anteriores ao aparecimento do homem.
Nessa sala, há vários CD-ROMs, que explicam como eram e como se comportavam esses enormes répteis.
O museu patrocina expedições. Numa delas, foi descoberto o esqueleto de um dinossauro chocando seus ovos. Os cientistas achavam que essa era a principal prova de que os dinossauros têm um parente (ancestral) comum com as aves. É possível ver esse esqueleto lá.
(VS)
Alguns esqueletos não são de verdade
Quem não quiser assistir
aos CD-ROMs pode pedir aos
guias do museu qualquer informação.
É fácil identificá-los porque
eles vestem uma gravatinha
borboleta ou um laço vermelhos no pescoço.
Há também uma sala de
projeção onde pode ser visto
um filme que conta a história
dos vertebrados na Terra.
Nem todos os esqueletos de
dinossauros são verdadeiros
(só 85% deles). Isso porque
nem sempre os cientistas
conseguem achar todos os
ossos do corpo do animal.
Os pedaços que ficaram faltando, pois muitas vezes se
perderam, são completados
com peças falsas que lembram ossos, como num quebra-cabeças.
(VS)
O dino chamado Alberto
Você pode não acreditar,
mas, no Museu Americano
de História Natural, em meio
àqueles milhares de ossos espalhados pela enorme sala
dos dinossauros -que em inglês recebe o nome de Hall of
Dinosaurs- há um dinossauro chamado Alberto, o Albertosaurus.
E existe um programa em
CD-ROM só para ele, que explica como Alberto viveu e do
que se alimentava esse dinossauro. Os dinossauros são
répteis, o grupo a que pertencem também as tartarugas e
as cobras.
(VS)
Aves e dinossauros
da Redação
Um grupo de cientistas disse há duas semanas que as
aves não têm parentes comuns com os dinossauros,
como se pensava.
Eles descobriram um fóssil
de um animal que viveu há
140 milhões de anos. Fóssil é
um resto de ser vivo que deixa
marcas petrificadas. Esse animal, chamado confuciusornis, não tinha dentes e seu
corpo estava coberto de penas, igual às aves de hoje.
Os dinossauros, ao contrário, eram dentuços e não tinham penas. O fóssil foi descoberto no deserto de Góbi,
na Mongólia (país da Ásia).
Dois museus só para crianças
em Nova York
Nova York foi a primeira cidade do mundo a criar museus inteiramente voltados
para o público infantil.
Em 1899, há quase cem
anos, foi fundado o Brooklyn
Children's Museum (Museu
Infantil do Brooklyn, pronuncia-se ``brúclin''), que fica
num bairro fora da ilha de
Manhattan.
O Children's Museum of
Manhattan (Museu Infantil
de Manhattan, pronuncia-se
``mãrrátan'') nasceu em 1973.
A idéia dos criadores dos
dois museus foi construir espaços para se aprender brincando. Por exemplo: qual a
melhor maneira de saber como é uma orelha por dentro?
Entrando dentro dela.
O que a gente vai engolir
quando morde um sanduíche? Para saber a resposta,
basta apertar um garfo. Uma
sala também explica o que
um urso gosta de comer no
almoço e o que uma cobra come no jantar.
Há também uma parede
cheia de buracos onde se pode espiar e desvendar algumas charadas. Num deles a
gente vê um pedaço de algodão. A brincadeira é tentar
descobrir para que serve
aquilo. Basta girar um botão e
o algodão se transforma numa camiseta.
(CSC)
Vitrine de coisas do dia-a-dia
No Museu do Brooklyn há
vitrines que mostram objetos
usados todos os dias. A diferença é que eles foram usados
há muito tempo, por povos
que não existem mais.
Dá para ver objetos parecidos com o que a gente chama
de sapatos. Mil anos atrás,
por exemplo, ninguém calçava nada macio como um tênis. Dá para descobrir que a
colher já teve formas diferentes e era feita de outros materiais.
Na sala dos sons estão os
instrumentos antigos. Há
também um piano no chão,
igual ao do filme ``Quero Ser
Grande''. Pode-se dançar em
cima dele. Onde o pé encosta,
sai um som diferente.
(CSC)
Orelha e estúdio de TV
No Museu Infantil de Manhattan, em um brinquedo
em forma de orelha, pode-se
entrar e saber como funciona
o ouvido. Lá a gente descobre
que os sons passeiam dentro
de um labirinto. Outros aparelhos mostram como o som
chega ao ouvido. Em um tubo
dá para ver que o som é um
tipo de onda. O barulho é
uma onda alta e o som baixinho é uma onda pequena.
Em outro andar tem um estúdio de TV. Você pode
anunciar as notícias e fazer a
previsão do tempo (rua 83
Oeste, 212).
(CSC)
Árvores falantes
Uma das exposições mais
inteligentes do Museu do
Brooklyn mostra a vida secreta das plantas. Árvores falantes contam como são por
dentro e como se sentem.
Uma delas diz: ``Esquilos e
passarinhos me usam para
morar. Acho que me pareço
com o que os humanos chamam de apartamento''. Um
menino de 3 anos pode ouvir
uma árvore pequena contar a
ele que os dois nasceram no
mesmo ano e por que ela é
maior.
Para gente mais velha, uma
árvore de 7 anos diz o que
gosta de comer quando tem
fome.
No chão, há um vidro em
que dá para ver uma raiz crescendo bem devagar (av.
Brooklyn, 145).
(CSC)
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