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Mamonas ainda fazem falta
Mujica/ Folha Imagem
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Integrantes do Mamonas Assassinas, mortes em acidente
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da Redação
Domingo vai fazer um ano
que morreram os integrantes
do grupo Mamonas Assassinas, em acidente de avião.
Dinho, Júlio, Bento, Sérgio
e Samuel se vestiam de Chapolin, de He-Man, de mulher
e até de prisioneiros.
Suas músicas falavam de
um Robocop gay e eram
cheias de gírias e palavrões.
``Pelados em Santos'', ``Sabão Crá Crá'', ``Vira-Vira''
encantavam as crianças e assustavam os pais. Alguns deles ficavam sem jeito de explicar o significado de tanta besteira.
Ainda hoje, muitas crianças
sentem saudades dos Mamonas e ouvem seu disco, que
vendeu, até o final de 96, 2,3
milhões de cópias.
Cantar com palavrão virou
coisa normal, mesmo que o
grupo não tenha sido o primeiro a fazer isso.
Morte dá lucro
Muitas empresas aproveitaram para ganhar dinheiro
com a morte dos ídolos das
crianças e dos jovens.
A Estrela lançou o ``Pum
Pum dos Mamonas'', uma
geleca que solta pum. O brinquedo vendeu 300 mil cópias
até outubro de 1996.
O álbum com o grupo, da
Panini Brasil, vendeu 250 mil
exemplares e 20 milhões de
envelopes de figurinhas.
Como tudo começou
E pensar que ninguém queria produzir o disco dos Mamonas. Um garoto de 16
anos, filho de um executivo
da gravadora EMI, escutou a
fita do grupo, enviada ao pai.
Rafael a levou para a escola,
todo mundo gostou e assim
convenceu o pai a gravar o
disco do grupo.
(MRC)
Garotas não os esquecem
Fabiana Cristina Sanches,
10, disse que tem um pôster
enorme dos Mamonas Assassinas em seu quarto e que ainda não conseguiu esquecer o
grupo.
``Quando fico com saudade
deles, coloco a fita no aparelho de som, e o ritmo de suas
músicas me deixa alegre
novamente. Acho que eles
são insubstituíveis.''
Marina dos Anjos Ascencio
Dias, 10, também não conseguiu esquecer o conjunto.
``Tenho uma coleção de reportagens feitas por jornais e
revistas, além de pôsteres e
camisetas.
Já decorei tudo
que saiu publicado sobre eles.
Acho que, daqui há alguns
anos, eles podem sair da minha memória, mas nunca de
meu coração.''
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