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Café, cana e imigração em Ribeirão

Divulgação
Estande da 7ª Feira de Ciências e Artes do colégio Oswaldo Cruz, em Ribeirão Preto


FABRIZIO RIGOUT
enviado especial a Ribeirão Preto

Ribeirão Preto é conhecida por suas plantações de cana-de-açúcar, mas, no passado, as riquezas da cidade vinham da lavoura de café.
O trabalho sobre o café foi um dos melhores da 7¦ Feira de Ciências e Artes do Colégio Oswaldo Cruz, a maior do interior paulista, que terminou esta semana.
Contava a história do fruto desde sua origem na Etiópia, sua transformação em bebida na França e a chegada ao Brasil, pelo Pará.
Lívia de Palma, da 5¦ série, levou moedores e torradores que pertenceram a seus bisavós, fazendeiros de café no começo do século.
Em outro estande, os alunos mostraram como a cana vira açúcar, álcool e outros subprodutos, explicando como é o trabalho na lavoura e também nas usinas (fábricas) de álcool.
Eles exibiram roupas e protetores utilizados pelos trabalhadores rurais.
Numerais A feira também teve uma sala dedicada à matemática. Ivan Donizete, da 2¦ série, participou do trabalho sobre numerais.
``O homem sentado à beira da estrada olhava as vacas passarem. Para cada vaca, ele punha uma pedra no saco. Para cada pedra, fazia um risquinho na parede. Assim nasceram os algarismos romanos'', explica ele.
Ciência Experiências científicas que parecem mágica foram preparadas pelos alunos da 3¦ série. Eles mostraram como, às vezes, coisas ``inexplicáveis'' não são nada mais do que leis da física em ação. Jogos de espelhos fazem objetos sumir e reaparecer e velas se apagam quando o ar acaba.


Fabrizio Rigout e Adriana Zehbrauskas viajaram a convite do Colégio Oswaldo Cruz.



Odaliscas e faxineiras

A sala ``Minha Ascendência'' contou os costumes dos imigrantes no Brasil. Os alunos usaram roupas típicas e mostraram objetos e comidas de vários países.
As meninas do trabalho sobre o Líbano se vestiram de odaliscas, com véus de seda e muitas correntes e pulseiras.
Salomão Chodraui falava algumas palavras em árabe, aprendidas com o avô libanês. ``Sei contar até dez e dizer palavras simples, como `tudo bem' e `como vai'.''
No estande da Espanha, os alunos mostraram dardos usados para ferir touros.
Mariana Bolfarini, que pesquisou sobre a Itália, conta que as vassouras de lá têm um sino pendurado, para as pessoas saberem quando as faxineiras estão trabalhando.
Faltou um estande sobre os africanos, que são o maior de todos os grupos imigrantes.

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