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Alegria ajuda a curar doenças

Lenise Pinheiro/Folha Imagem
Doutor Zórinho e a paciente Daiane Silva


ROSANGELA DE MOURA
free-lance para a Folhinha

Alegria é a receita infalível e uma ordem para os pacientes dos médicos Zequim, Carmela Caramela, Florinda Jardim, Bolinha, Manela, Sirena, Ferrara, Zorinho, Krebs Croc, Valentina, Lambada, Emily, Scrich, Dog, Raimunda Gabriel e o besteirologista Doutorzinho.
Eles são os "Doutores da Alegria", que fazem "plantão" semanalmente nos hospitais Nossa Senhora de Lourdes, Albert Einstein, Emílio Ribas, A. C. Camargo, Instituto da Criança e Mandaqui, em São Paulo.
A "equipe médica" é formada por 16 especialistas em criar momentos alegres para crianças internadas.
O grupo começou a atuar em 1991 e foi montado pelo ator Wellington Nogueira. Esse brasileiro fez estágio com o ator norte-americano Michael Christensen, fundador de um programa, nos EUA, que deu origem ao projeto "Doutores da Alegria".
Doutorzinho conta que só entra nos quartos dos pacientes com permissão e só conversa sobre assuntos divertidos (tel. 011/3061-5523).

Primeiros socorros
Transplantes de nariz vermelho, posicionamento de miolos moles, concerto para luvas e seringas e transfusões de milk-shake são as operações feitas diariamente pelos Doutores da Alegria.
Eles são fáceis de serem reconhecidos. Apesar de usarem aventais brancos, carregam na mala de primeiros socorros estetoscópio colorido, termômetro que sempre acusa a mesma febre e remédio que solta bolhas de sabão.
Especialistas em mágicas, escondem objetos, contam piadas e fazem os pacientes esquecerem por alguns minutos que estão no hospital.


Hospital tem sala de brinquedos

Adriana Zehbrauskas/Folha Imagem
Roger Grego, 4, paciente do Hospital Infantil de Diadema


CLAUDIA VARELLA
da Agência Folha, no ABCD

Ficar internado em um hospital é chato. Mas o Hospital Infantil de Diadema (Grande São Paulo) trocou a chatice por um lugar cheio de brinquedos -a brinquedoteca.
Com 2.000 brinquedos, entre carrinhos, bonecas, jogos, fantasias e até malinha de médico, a brinquedoteca já divertiu e ajudou a recuperação de 3.600 crianças em um ano.
Essas crianças ficaram, por algum motivo, internadas no hospital e tiveram o privilégio de, mesmo doentes, poder brincar com seus brinquedos favoritos. A maioria das crianças é pobre; muitas não têm brinquedo em casa.
A assistente social Sônia Benini, 27, que criou a brinquedoteca, disse que algumas horas de brincadeiras "ajudam a diminuir a angústia das crianças que têm de ficar internadas". Quando a criança não pode sair da cama, os brinquedos são levados a ela.
Em 15 de maio a brinquedoteca ganhou um novo nome: amigoteca.

"Esse brinquedo é da hora"
Edson Vieira de Almeida, 11, elegeu um Auto-Park (estacionamento de carrinhos) como seu brinquedo favorito na amigoteca.
"Esse brinquedo é da hora", disse Edson, com o Auto-Park nas mãos. Ele estava internado por causa de um inchaço na perna esquerda.
Edson não imaginava que existisse em um hospital uma sala assim. "Acho legal ter esse espaço", disse, apontando ainda um robô e dois carrinhos como os brinquedos mais interessantes.
A tia Maria de Oliveira contou que os brinquedos ajudaram o sobrinho. "Antes, ele tinha medo de hospital."

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