|
Rio de Janeiro dos
imperadores
Beatriz Albuquerque/Folha Imagem
|
Fachada do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro
|
FERNANDO PAULINO NETO
da Sucursal do Rio
Passear pelo centro do Rio,
com o olhar nos lugares certos, pode se transformar em
uma viagem no tempo.
Os três principais períodos
da história do Brasil estão
presentes em prédios, monumentos e ruas da cidade que
foi capital da colônia, do império e da república.
O príncipe de Portugal,
dom João, desembarcou com
a corte portuguesa onde hoje
é a praça 15. Ele e sua mãe
Maria, a Louca, fugiam do
imperador francês Napoleão.
O cais da época de dom João
ainda existe. Lá tem um chafariz em forma de pirâmide,
feito por mestre Valentim.
Também na praça 15 fica o
Paço Imperial. A construção
serviu de palácio para a família imperial portuguesa, enquanto esteve no Brasil, a
partir de 1808.
De uma de suas janelas, o
filho de dom João, mais tarde
dom Pedro 1º, disse que permaneceria no Brasil apesar de
sua família ter voltado a Portugal. O episódio ficou conhecido como Dia do Fico.
O Arco do Teles, também
na Praça 15, dá acesso a becos
e vielas que mantêm a forma
original da época da colônia.
Ao lado do Paço Imperial,
está a Assembléia Legislativa
(onde trabalham os deputados estaduais). Antigamente,
era cadeia pública. De lá, Tiradentes saiu para a forca.
Canhões
e carros
da Sucursal do Rio
Os canhões utilizados por holandeses, franceses e portugueses entre os séculos 17 e
19, nas lutas pelo domínio do
Rio, podem ser vistos no Museu Histórico Nacional.
Com entrada grátis aos domingos, o museu também
tem um canhão antiaéreo alemão, tomado pelos pracinhas
(soldados brasileiros) na 2¦
Guerra Mundial.
Na entrada do museu estão
enfileiradas as dez bandeiras
que o Brasil já teve.
Também é interessante a
exposição de meios de transportes. Vão desde arruás (cadeirinhas em que os escravos
carregavam os senhores) até
um carro alemão da marca
Protos, de 1908, que pertenceu ao barão de Rio Branco.
Só existem dois carros desses no mundo.
Duas carruagens do tempo
do império se destacam. Uma
pertencia à imperatriz Tereza
Cristina e outra era usada pelo imperador Pedro 2º
(FPN)
Praça do
enforcado
A época do império é caracterizada, principalmente, pela praça Tiradentes, que recebeu esse nome porque Tiradentes foi enforcado lá.
O lugar já se chamou praça
da Constituição. Lá dom Pedro 1º jurou a Constituição
do Império, quando o Brasil
ficou independente de Portugal.
Quando a república derrubou o império, os novos poderosos resolveram mudar o
nome do lugar, homenageando Tiradentes e tirando a referência aos derrotados.
No meio da praça, está a
principal atração do lugar,
uma estátua de d. Pedro 1º. A
estátua tem a representação
de quatro rios brasileiros,
com esculturas menores de
índios e animais.
Na Cinelândia estão o Museu Nacional de Belas Artes, a
Biblioteca Nacional e o Teatro Municipal, prédios importantes da república.
(FPN)
Fale com a Folhinha: folhinha@uol.com.br |