É fácil construir para brincar
Fabiano Accorsi/Folha Imagem
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Deivid fabrica zebras de balanço na marcenaria da favela da Vila Prudente
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da Redação
Kart com motor elétrico e
marionete controlada por
computador são brinquedos
que são feitos por alunos dos
ateliês Ventos e Inventos e
Tempo e Espaço.
Nessas escolas, você chega
com uma idéia na cabeça e a
desenha no papel. É o primeiro passo para construir o
brinquedo de seus sonhos.
Artur Baruchi, 12, sempre
quis fazer um carro de rolimã. No ateliê Ventos e Inventos, ele está fazendo o brinquedo com rodas de patins,
que são menos barulhentas.
Pião no labirinto
As crianças do Tempo e Espaço bolaram juntas um jogo
em que um pião colorido anda por um labirinto de madeira. Lauriano Tebar Neto,
8, gostou tanto, que está fazendo um parecido.
Bruna Anchieta, 7, fez um
beliche para o ursinho e a boneca. ``Acho mais legal brincar com os brinquedos que eu
construí com esforço.''(MV)
Tempo e Espaço: r. José Félix de Oliveira,
1.205, Granja Viana, tel. (011) 492-6974.
Mensalidade: R$ 260,00. Ventos e Inventos: r. Francisco Pólito, 1.113, Vila Prudente, tel. (011) 272-1892. Mensalidade:
R$ 95,00. As escolas cobram material.
Abajur e marionete
Cleo Velleda/Folha Imagem
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Camila Rosa, com seu abajur, no Ateliê Tempo e Espaço
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Camila Rosa, 11, fez um
abajur com peixes do fundo
do mar que rodam, como se
estivessem nadando. Ela explica por que isso acontece:
``A lâmpada esquenta o ar
que está embaixo. Por isso, o
ar sobe e movimenta o cilindro, que fica girando''.
Uma marionete controlada
por computador está sendo
feita por Thiago Mattos, 10.
``Vou montar até a placa que
vai ficar ligada ao computador e à marionete.''
Guilherme de Souza, 12, está fazendo um barco que viu
em uma revista italiana.
Onde reclamar de brinquedos
Procon (Coordenadoria de
Proteção e Defesa do Consumidor) é um tipo de escritório que orienta o comprador
que reclama de produto estragado, como brinquedos.
Em 95, 12 pessoas fizeram
queixas ao Procon contra
brinquedos. A principal reclamação é sobre embalagens. Elas indicam que o
brinquedo faz uma coisa, e isso não acontece. Rosana Nelsen, do Procon, deu o exemplo de uma boneca. A embalagem dizia que ela mamava,
mas era mentira. O Procon
pediu ao fabricante para mudar a embalagem. Procon: tel.
(011) 1512; E-mail:
procon@eu.ansp.br.(RM)
Aproveite as brinquedotecas
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
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Crianças brincam na Brinquedoteca Indianópolis
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Imagine uma sala cheia de
brinquedos para brincar à
vontade. Assim é uma brinquedoteca. Você pode brincar ou pegar brinquedos emprestados.
Valentina Tongue, 7, vai à
Brinquedoteca Indianópolis
todos os sábados e nunca enjoa. ``É muito mais legal vir
aqui do que ficar em casa.''
Na zona oeste de São Paulo,
há a Brinquedoteca da USP.
Para ficar sócio, é preciso
doar um brinquedo. As duas
brinquedotecas têm horários
especiais de atendimento.
Brinquedoteca da USP: tel. (011)
818-3351. Brinquedoteca Indianópolis:
tel. (011) 543-6333.
Meninos produzem para aprender
Fabiano Accorsi/Folha Imagem
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Marcos Cardoso, 13, retoca cadeira de madeira em marcenaria da favela da Vila Prudente
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MARISTELA DO VALLE
da Redação
Cadeiras em forma de palhaços não têm nada de especial. Mas elas viram novidade se você souber que não
foram feitas em uma fábrica.
Que as cadeiras foram produzidas por garotos, para serem
vendidas na loja Tok & Stock
e em bazares.
Na favela da Vila Prudente,
em São Paulo, há uma marcenaria onde meninos fazem
brinquedos de madeira para
vender. ``A parte mais legal
do trabalho é montar as zebrinhas de balanço'', conta
Deivid dos Santos, 14.
A idéia de criar uma marcenaria para crianças e adolescentes pobres foi do francês
Yann Yves Combes. ``Queria
tirar as crianças da rua e ensinar alguma coisa a elas.''
Os meninos dizem que estão aprendendo bastante. Para vir todos os dias à favela,
Marcos Cardoso, 13, toma
dois trens e passa por 14 estações. ``Mas vale a pena'', diz.
As crianças não ganham dinheiro pelo trabalho. ``As
vendas só pagam o material'',
conta Yves. ``Quando puder,
vou pagar às crianças.'' O telefone comunitário da favela
é (011) 915- 4940.
Kits ensinam ciência brincando
Alguns brinquedos mostram como são os fênomenos
da ciência. Há duas lojas em
São Paulo onde você pode
comprá-los ou simplesmente
brincar com eles.
No Ateliê de Brinquedos
Científicos, há um Gerador
de Van de Graaff. Quando você coloca a mão nele, seu cabelo fica arrepiado.
O Centro Educacional de
Tecnologia tem uma calculadora movida a batata. Montando o circuito elétrico, você entende como ela funciona.
Ateliê de Brinquedos Científicos - Rua
Cardeal Arcoverde, 3.029, tel. 211-0034.
Centro Educacional de Tecnologia -
Rua Wisard, 568, tel. 815-2167.
Lojas consertam bonecas e carros
Bonecas descabeladas, sem
olhos, pés ou braços, carrinhos sem rodas e pane nos
consoles de videogame podem ter conserto.
Há lojas em São Paulo que
cobram entre 10% e 15% do
valor do brinquedo para fazer
consertos. Por exemplo, se
uma boneca custa R$ 100,00,
as lojas cobram entre R$
10,00 e R$ 15,00. O brinquedo
fica pronto em uma hora ou
em três dias. O Hospital das
Bonecas e Brinquedos manda
um médico na sua casa.
Ao Conserta Tudo: rua Senador Feijó, 58,
tel. (011) 606-7527. Hospital das Bonecas e Brinquedos: rua Capitão Avelino
Carneiro, 110, tel. (011) 293-7516.
Fale com a Folhinha: folha@folha.com.br