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Todo mundo precisa dividir as ruas

José Nascimento/Folha Imagem
Aula prática de trânsito no Espaço Vivencial


LIDIA CHAIB
especial para a Folhinha

O que é ser motorista? Acionar pedais, marchas, observar espelhos, comandar volante, movimentando o carro por ruas com prédios, postes com placas, semáforos, cruzamentos. Olhar para a frente, para trás e os lados, perceber o que pedestres e carros fazem e dividir a rua com eles, tudo isso ao mesmo tempo.
E o que é ser pedestre? É andar pela calçada cheia de garagens e carros que saem e chegam, atravessar ruas movimentadas, com carros estacionados, placas, sinais no chão, semáforos e cruzamentos com veículos que vêm de várias direções, dividir o espaço com bicicletas, motos, animais e outros pedestres.
Não é fácil enfrentar trânsito: a movimentação de veículos, pessoas e animais nas ruas, avenidas, estradas, pontes e túneis.
Motoristas e pedestres têm direitos e deveres. Se as pessoas não cumprem as regras, acontecem acidentes.


Lidia Chaib é autora do livro ``Cheio de Surpresas'' (Scipione).


A língua do trânsito
``No Brasil, os motoristas dirigem como se estivessem em outro país, sem conhecer a sinalização, como se fosse uma língua estranha'', diz Maria da Penha Nobre, chefe da Assessoria Técnica da Presidência da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Há diferentes tipos de sinais de trânsito, transmitidos por meio de placas, marcas no solo, luzes, gestos, sons, marcos e barreiras. Os sinais são em geral parecidos no mundo inteiro. Mas países como França e Japão têm sinais diferentes dos nossos.


São Paulo tem escola de trânsito

José Nascimento/Folha Imagem
Crianças brincam no computador que dá aulas de trânsito no Cetet, em São Paulo


especial para a Folhinha

Desde 1990, a CET desenvolve atividades para educar os estudantes. Na minicidade do Espaço Vivencial de Trânsito, com ruas, postos de gasolina e sinais, crianças e adolescentes experimentam o que pedestres e motoristas vivem no dia-a-dia.
Eles fazem brincadeiras com minicarros, videogame, gincanas com regras de trânsito e noções de cidadania.
Todas as escolas podem participar, basta se inscrever no Cetet (Centro de Treinamento para a Educação de Trânsito). Mauro Yochio Ito, supervisor de educação de trânsito, diz que o Cetet atende desde crianças com 2 anos até adultos. ``Fornecemos transporte, lanche e desenvolvemos atividades de preservação da natureza, como a coleta seletiva de lixo para a reciclagem.''
Nas atividades para crianças até 10 anos, o grupo de educação vai à escola com teatro e contador de histórias. Levam carros, cenários e montam uma cidade no pátio da escola. Para alunos de 11 a 17 anos, as atividades são no Espaço Vivencial de Trânsito.


Cetet - tels. 861-3300, r. 243/244/207; 941-5830; 296-3892.


Por que acontecem acidentes?

especial para a Folhinha

O carro pode ser uma arma. Na cidade de São Paulo, a cada dia, acontecem, aproximadamente, 76 acidentes com vítimas, 43 atropelamentos e 420 acidentes sem vítimas (dados de 1995, CET).
O freio falha, o carro perde a direção. Mas a revisão do carro corrige os defeitos, e os acidentes que eles causariam poderiam ser evitados. O dono do carro é responsável pelos consertos.
Muitos acidentes acontecem porque as pessoas desrespeitam os sinais de trânsito ou são imprudentes (sem cuidado). Como o motorista que cruza o sinal vermelho ou dirige bêbado, com sono. Como o pedestre que atravessa em locais perigosos ou onde o motorista não pode vê-lo.
Acidentes acontecem num segundo. Por que não esperar e atravessar com segurança? Por que não dar passagem ao motoqueiro?
Muitas vezes surge um buraco na pista, uma ponte cai. Nesse caso, o motorista não pode fazer nada, a culpa é dos responsáveis pelos consertos das ruas.
Quando o erro é humano, geralmente os acidentes podem ser evitados. Mas existem acidentes que não podem ser evitados. Uma pessoa está dirigindo e desmaia. Há enchentes, vendavais ou outras calamidades.
Quando há um acidente, as pessoas devem socorrer as vítimas. Pode acontecer de uma pessoa não ter condição de socorrer os acidentados. Nesse caso, é só chamar os bombeiros, ligando 194 ou 190, ou, se for em uma estrada, pedir socorro. (LIDIA CHAIB)

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