Livro é que nem gente
FERNANDO BONASSI
especial para a Folhinha
Putz! Vocês viram como
tem um monte de besteira
aí em alguns desses livros
que a gente lê na escola?!
É um tal de chamar um
bicho e mostrar outro, de
escrever umas sentenças
que nem se entende, só
pra aparecer a letra ou a sílaba no meio, de falar coisas que já não são daquele
jeito e por aí afora!
Foi bom que isso aconteceu, porque eu fiquei pensando nos livros...
Fiquei pensando e percebi que os livros são que
nem as pessoas: tem gente
chata, tem gente sem graça, tem gente legal, tem
gente que tem razão e gente que não tem...
Tem todo tipo de gente,
é ou não é?
Pois então, os livros
também! E não é porque
uma pessoa é besta ou errada que ela não pode se
consertar.
Eu mesmo muitas vezes
me acho meio besta e tudo!
Espero que os escritores
dêem um jeito na coisa.
Se nós queremos que a
educação melhore, os livros têm de melhorar logo, logo. É!
Muita gente acha que só
porque uma coisa está escritinha lá num livro é verdade!
Por isso que aconteceu,
dá pra ver que não é bem
assim não!
Eu e a minha turma vamos combinar com a professora pra ficar de olho.
Livro é que nem gente e,
por isso mesmo, tem de
procurar ir ficando cada
vez mais legal! Certo?
Fernando Bonassi é escritor e roteirista,
autor do livro "Tá Louco!" (ed. Moderna).
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