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A guerra dos ratos

ARTHUR NESTROVSKI
Especial para a Folha


Os ratos estavam em guerra com as doninhas. Eles, coitados, eram muito mais fracos e perdiam todas as batalhas.
Fizeram, então, uma reunião, para descobrir se havia algum jeito de as coisas melhorarem.
Alguns dos ratos achavam que o que faltava era entusiasmo. Outros diziam que o que faltava eram armas (palitos e espinhos).
No final, ficou resolvido que o que faltava, mesmo, eram generais: grandes líderes, para serem os chefes do exército dos ratos.
Foram escolhidos, então, alguns ratos para serem os generais. Cada um ganhou um capacete, com dois chifres do lado e uma linda plumagem no alto.
Um general dos ratos não é um general de verdade se não tiver seu capacete.
Pelo menos era o que diziam os ratos.
_ Agora vamos ganhar! _exclamavam os generais, desfilando seus capacetes.
No dia seguinte, os ratos foram, muito confiantes, enfrentar as doninhas.
Mas as doninhas, claro, continuavam maiores e mais fortes. Os ratos logo perceberam e saíram todos correndo, de volta para as tocas.
Mas aí é que se deu o que ninguém esperava. Como aqueles capacetes bem presos na cabeça, os generais não conseguiam passar no buraco das tocas. Levaram a maior surra!
Não é uma plumagem que vai nos mostrar do que você é capaz;
Um capacete é como uma máscara: não muda quem está por trás.

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