TRANSPANTANEIRA

INFORMAÇÕES
SÓ TEM LÁ
CARTÃO VERMELHO
PESQUE ESTA
SERVIÇOS

A estradinha de terra que atravessa a planície alagável por 145 km, ligando Poconé ao lugarejo de Porto Jofre, virou uma emocionante trilha de ralis e aventuras para os turistas que chegam a Mato Grosso. O desafio de vencer milhares de buracos na pista e de transpor 125 frágeis e precárias pontes é recompensado pela bicharada ao alcance dos olhos que vai se exibindo pelo caminho. Revoadas sem fim de araras, colhereiros e garças quebram o sossego dos campos verdes encharcados. Jacarés, capivaras, veados e até onças cruzam tranqüilamente a pista deserta. São mais de 650 espécies de aves, 80 de mamíferos e 50 de répteis.
Este safári pantaneiro estava fora dos planos de construção da Transpantaneira nos anos 70. Projetada nos tempos do "Brasil grande", a MT-060 seria uma rota de progresso entre o Norte e o Sul. A estrada não chegou nem perto de Corumbá e hoje só serve ao turismo e às fazendas. Ela acompanha o tradicional caminho que as boiadas sempre trilharam por dentro do Pantanal e vai serpenteando por entre rios, lagoas e canais que represam as águas das cheias e servem de refúgio aos tuiuiús.
A melhor época para viajar pela Transpantaneira é na seca, entre junho e outubro. É menos arriscado e os bichos se concentram nas laterais alagadas da pista. Na cheia, entre novembro e março, a estrada fica coberta pela água semanas a fio. Para encarar a aventura tome alguns cuidados: faça o passeio de dia, saia de Poconé com o tanque cheio e leve um galão de reserva. O posto seguinte fica em Pixaim -60 km, mais de duas horas de viagem-, onde há pousadas que servem almoço. Nas pontes de madeira, todo cuidado é pouco: saia do carro, alinhe as tábuas e equilibre os pneus nas estreitas pinguelas. E prepare-se para as picadas dos mosquitos. Pequenos sacrifícios de um safári transpantaneiro.

INFORMAÇÕES

• como chegar MT-060 até Poconé • temperatura média anual 25°C • atrações paisagem pantaneira, pesca, rali, turismo de aventura • informações turísticas r. Salvador Marques, 348, tel. (65) 721.1417.

SÓ TEM LÁ

Na ponta da vara

Mais de 240 espécies de peixes rebolam submersas nos rios Piqueri, Pixaim, Cuiabá, Paraguai e São Lourenço. Paraíso dos pescadores, o Pantanal oferece pesca farta e variada o ano inteiro: pacus, pintados, dourados, piraputangas e traíras. Os fanáticos batem ponto todos os anos. Chegam com quilos de tralhas, barracas e "freezers". Montam acampamento na beira dos rios, alugam barcos-hotéis e passam a semana jogando a linha, preparando a isca certa, torcendo por troféus na ponta dos caniços, disputando as melhores histórias. Conhecem os segredos das manhãs. Sabem que pequenas ondas na superfície e pássaros espreitando na margem do rio indicam um cardume por perto. Mas, se você não entende nada do assunto, não esquente. Com sorte você apanha um peixe até com a mão.

CARTÃO VERMELHO

• Tome cuidado com as pontes de madeira da Transpantaneira. Se são ecologicamente corretas por um lado, são antigas e frágeis por outro. Já houve casos de ponte caindo com carro em cima. O risco é maior na época das cheias.

PESQUE ESTA

Barcos de pescaria saem de Porto Cerrado (a 43 km de Poconé). As leis federais e estaduias para pesca não batem. Atualmente, o pescador deve obter licença em qualquer posto do Ibama, em Cuiabá (65) 644.1200. Ela é válida em todo o país por 1 ano. Além dessa, deve providenciar a licença estadual junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), tel. (65) 313.2356. Os formulários estão disponíveis em todos os hotéis, casas de pesca e postos de gasolina. A validade varia de 30 dias a 1 ano. É permitida a pesca de apenas 20 kg por pessoa ou um único exemplar acima deste peso. A pesca em todo Pantanal é proibida de novembro a janeiro, época da piracema. a época da piracema (dezembro a fevereiro).

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