No interior era possível levar seis ocupantes com relativo conforto. O motor era o mesmo usado no Jeep Universal, um seis-cilindros em linha de 2,6 litros, que desenvolvia 90 cv brutos a 4.000 rpm; o câmbio tinha três marchas. Para 1962, os Aeros recebiam alterações como rodas e calotas, frisos laterais, painel estofado, cores e detalhes interiores. Em setembro daquele ano era apresentado o Aero-Willys 2600 modelo 63: totalmente redesenhado por estilistas brasileiros, foi mostrado ao público com sucesso no III Salão do Automóvel, em São Paulo. |
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A linha 1962 já recebia pequenos aprimoramentos; o motor de 2,6 litros e 90 cv brutos era o mesmo do Jeep, pouco adequado a um sedã de seu nível |
Sua estrutura era a mesma
do modelo anterior, mas com carroceria inteiramente nova.
O motor era o seis-cilindros, agora alimentado por dois
carburadores acoplados a um novo coletor de admissão, o
que elevou sua potência para 110 cv brutos a 4.400 rpm. No interior o painel
revestido de madeira jacarandá trazia três mostradores
de funções acopladas, acendedor de cigarros dentro do
cinzeiro e limpador de pára-brisa elétrico. A Willys sabia que o ponto alto do desenho do Aero era sua traseira e, nos modelos 65, os desenhistas resolveram encompridá-la, para dar mais harmonia ao desenho. Inverteram a posição das lanternas e a tampa do porta-malas recebeu outro estilo, seguindo o desenho reto da carroceria. Entre itens mecânicos, foram aperfeiçoados os freios, com a colocação de tambores mais leves, a suspensão dianteira e o câmbio, de quatro marchas sincronizadas. Como nos modelos de três marchas, a alavanca ficava na coluna de direção. A trava de ré era liberada por um botão no centro da manopla. |
O estilo era totalmente refeito para 1963, ganhando linhas mais retas e agressivas; o motor passava a 110 cv e havia revestimento de jacarandá no painel | ![]() |
Ainda em
1965, para disputar o mercado de carros de luxo, a Willys
decidiu criar uma versão mais sofisticada. Usando como
base o Aero, foram feitas modificações para que esse
modelo se diferenciasse e conquistasse um público mais
refinado. O novo carro foi lançado em 1966 e batizado de
Itamaraty, uma alusão ao palácio homônimo sediado em
Brasília. |
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Ponto alto de seu desenho, a traseira do Aero-Willys ficava mais comprida e elegante na linha 1965; o câmbio ganhava a quarta marcha |
As mudanças estéticas
davam aparência mais agradável ao carro: nova grade
dianteira, lanternas, sobre-aros cromados nas rodas. No
interior trazia bancos revestidos de couro, rádio com
dois alto-falantes, luzes de leitura e painel revestido
de jacarandá maciço, que pesava 20 kg. Já na linha
1966 a Willys fazia mudanças na parte mecânica, como
pistões autotérmicos, anéis de menor altura e novas
buchas nos mancais do motor, além da utilização de
alternador no lugar do dínamo. Apesar dos aprimoramentos, o velho motor do Jeep não era adequado a um carro de luxo. No segundo ano de produção do Itamaraty, 1967, surgia quase um novo carro: o motor 3000, com 3,0 litros e alimentado por um carburador de corpo duplo, desenvolvia 132 cv brutos a 4.400 rpm, o que melhorava muito o desempenho do automóvel. Para celebrar as modificações mecânicas, a grade foi novamente modificada, as lanternas traseiras passaram a ser totalmente utilizadas com seis lâmpadas, os pneus eram agora 7,35-15 e os frisos externos vinham redesenhados. |
O
modelo 1966 foi um dos últimos antes da absorção da
Willys pela Ford, que Ocupando a
quarta posição na fabricação de veículos, a Willys
começava a despertar interesse em outras marcas. Ainda
em 1967 a Ford adquiria o controle majoritário das ações
da Willys Overland. Com a absorção da empresa, em 1969
a razão social era alterada para Ford-Willys do Brasil S.A.
E nesse ano a influência da Ford começava a ser sentida
nos produtos Willys: Aero e Itamaraty recebiam motores
mais potentes, com 130 e 140 cv brutos, na ordem. |
O Itamaraty 1967: a versão de luxo do Aero tinha nova grade, painel em jacarandá e motor de 3,0 litros e 132 cv brutos, bem mais adequado a seu perfil |
A
despedida do Aero e de sua versão de luxo deu-se em 1971.
Durante os 19 anos de produção, foram feitos 99.621
Aero-Willys e 17.216 Itamaratys -- o motor de 3,0 litros,
porém, seria usado dois anos depois no Maverick. Com o
fim dos dois modelos, desapareciam dois ícones dos
primeiros anos da indústria automobilística brasileira. O Executivo Apresentado em 1966 durante o V Salão do Automóvel, nessa época realizado no Pavilhão do Ibirapuera, a limusine Itamaraty Executivo chamou a atenção dos visitantes e da imprensa especializada, que há tempos vinha especulando sobre uma possível inserção da Willys nesse mercado. Continua |
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